O encontro contou com pesquisadores do Institute for Learning Innovation (EUA) e do Centro de Ciências Maloka, da Colômbia.
Quando o tema é aprendizagem de assuntos relacionados à ciência e tecnologia, os museus desempenham um papel tão importante quanto as escolas. A constatação é do diretor do Institute for Learning Innovation (EUA), John H. Falk, que participou do evento "Ciência e sociedade: inclusão e empoderamento", realizado no dia 6 de junho. “A visão predominante é a de que museus de ciência são legais, mas que não são necessários. Eu argumento que são necessários. As evidências que eu e outras pessoas estamos começando a coletar sugerem que os museus são tão importantes quanto as escolas no que se refere à sua contribuição para o entendimento da ciência pelo público”, declarou.
Durante o evento, ele apresentou os resultados do Estudo Internacional de Impacto de Centros de Ciência, uma pesquisa em grande escala que fornece um perfil inicial das contribuições dadas por essas instituições para o interesse e o entendimento público em ciência. A pesquisa reuniu evidências de que a existência de um museu de ciência em uma determinada comunidade tem um impacto positivo no interesse, no engajamento e no conhecimento que seus residentes têm em relação a temas científicos.
“As pessoas que vão a centros de ciência, independentemente de sua renda, grau de instrução ou mesmo do seu interesse em ciência, se beneficiam de tais experiências”, declarou Falk, que também é professor de Aprendizado de Livre Escolha da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Oregon (EUA). Ele ressalta ainda a importância de se conduzir estudos de impacto em instituições desse tipo. “Se você vai colocar recursos e energia em algo, é importante saber se você está fazendo diferença [para o público]”, afirma.
Também professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Oregon, Lynn D. Dierking sustenta que os museus de ciência precisam proporcionar experiências transformadoras para o público. Uma forma de fazê-lo, na avaliação dela, é através de atividades de mais longa duração. “Em muitos museus, você só caminha e olha, você não faz [nada]. [Acho importante] oferecer oportunidades para que se arregace as mangas e se faça coisas, seja nas próprias exposições dos museus ou em programas de outros tipos”, diz.
Para ela, a construção de relações interpessoais entre o público e os guias ou mentores dos museus é um elemento com potencial transformador. “Os jovens com os quais eu trabalho em particular não têm oportunidades de fazer coisas especiais ou de se sentirem especiais”, diz. “Muitos desses garotos odeiam a escola, sentem-se desestimulados por ela. Porém, adoram coisas mais ágeis. Há evidências de que eles podem se inspirar fora do ambiente escolar e lá encontrar mais razões para se envolver e participar mais da escola”, explica.
Em sua apresentação, a diretora da área de Ciência e Sociedade do Centro de Ciências Maloka, em Bogotá (Colômbia), Sigrid Falla, discutiu os resultados do Estudo Internacional de Impacto de Museus e Centros de Ciência. Identificou-se, segundo ela, que o público que frequenta o centro vive, em grande parte, nas suas imediações. O desafio agora, aponta Sigrid, é atrair também visitantes de outras áreas. “Percebemos que pessoas de renda mais baixa não sentiam que pertenciam ao lugar [centro de ciências]”, declarou.
(Fonte: Casa de Oswaldo Cruz)
Atualizado em 01 de julho de 2016
Quantas vezes seu coração já bateu desde o nascimento? Calcular o número - que pode ser bem grande dependendo da idade - é uma das atividades da exposição "Vias do coração".
Com visitação gratuita, a mostra conta com atividades que dialogam com diferentes faixas etárias por meio de jogos eletrônicos, atrações que estimulam a prevenção de doenças cardiovasculares, como a hipertensão, além de informações mais gerais, como a anatomia e funcionamento do órgão. Nas estações periféricas, por exemplo, o visitante pode conhecer o sistema circulatório e os principais elementos constituintes do sangue. Ricamente ilustrado, o conteúdo é distribuído por painéis, vídeos, bancadas de microscópios, além da apresentação de modelos anatômicos por monitores.
Crianças e adultos podem conferir como se comporta a pressão arterial em várias situações do dia a dia. Há, também, um coração gigante que mostra os batimentos cardíacos em diferentes frequências - os sons ampliados foram cedidos pelo Museu de Ciência e Indústria de Chicago. Por lá é possível assistir a vídeos educativos da agência americana The Visual MD, especializada em escaneamento do corpo humano em 3D.
Partindo para a estação central, um dos maiores inimigos da saúde cardiovascular é explorado: a hipertensão. Ilustrações retratam situações do dia a dia e chamam a atenção do público sobre a importância de se controlar a pressão arterial. Com algumas retrospectivas e curiosidades históricas, o objetivo é conferir ao conteúdo um tratamento mais humanizado. E se você quer saber sobre os diferentes tipos de diabetes, há um espaço que aborda prevenção, controle e consequências dessa doença para um paciente diagnosticado. A alimentação e prática de exercícios físicos estão entre as medidas preventivas!
A exposição ficou em cartaz até 16 de julho, na sala 307 do Castelo Mourisco, de terça a sexta, das 9h às 16h30, e aos sábados, das 10h às 16h. O endereço é Fiocruz, campus Manguinhos, avenida Brasil, nº 4.365. Para mais informações, ligue para (21) 2590-6747, ou envie uma mensagem para o Facebook do MV (/museudavida).
Atualizado em 23 de junho de 2016
O programa visa fortalecer as ações da instituição, como reestruturação das peças de teatro, entre outros.
Programa Amigos do Museu da Vida lança ações para fortalecer atividades de divulgação científica do museu
Na próxima sexta, dia 12, o "Programa Amigos do Museu da Vida: uma rede de saúde, ciência e cultura” será apresentado ao público! O Ministério da Cultura e o Museu da Vida convidam você a participar e conhecer a iniciativa! Na ocasião, o "Ciência Móvel - Vida e Saúde para todos" também vai anunciar a temporada de itinerância 2015 do caminhão da ciência.
O programa marca uma série de acontecimentos para fortalecer as ações de divulgação científica do Museu na sociedade. Um deles é o ônibus “Expresso da Ciência”, que vai funcionar de forma exclusiva e gratuita para escolas públicas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro que não têm fácil acesso ao Museu. “Foi criada uma rede de escolas parceiras, incluindo, principalmente, aquelas no entorno da Fiocruz, mais vulneráveis socialmente. A partir de 15 de junho, vamos montar um programa de ação continuada com algumas escolas para facilitar esse acesso. Para saber mais, basta ligar para (21) 2590-6747”, explica Diego Bevilaqua, chefe do Museu da Vida. Saiba aqui como ele vai funcionar.
Sobre o Programa, o diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Elian, também destaca o lançamento do ônibus e adianta planos futuros. “Como desdobramento desta iniciativa teremos em breve ações mais impactantes no sentido de integrar o Museu da Vida ao circuito cultural da Grande Rio. Pontos de embarque em alguns locais da cidade podem atingir um público que, por diferentes fatores, ainda não desfrutou da experiência de conhecer o Museu", afirma Elian.
Outra novidade é a revitalização das intervenções teatrais. Peças em cartaz, como “Aprendiz de Feiticeiro”, “Aventuras no Castelo” e a esquete “Conferência Sinistra”, já estrearam neste ano com reformulações. No segundo semestre, uma nova peça será lançada! Baseada na literatura de cordel e voltada para público jovem, a trama abordará o HIV e será uma parceria com o Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz (INI).
Outra área que passará pelo mesmo processo é o Parque da Ciência: diversos aparelhos serão renovados, como Ligações Dançantes, Ciclos e Ritmos, Pedalando Ondas, Pilha Humana, entre outros. Ele também receberá rampas de acessibilidade. A maquete do Centro de Recepção é outro item contemplado no Programa: ela será mais interativa e dará detalhes sobre o campus da Fiocruz, com um guia virtual para indicar os principais prédios e aspectos históricos da instituição.
De acordo com Luis Fernando Donadio, coordenador de captação de recursos da Fiocruz, a cada ano haverá a oportunidade de adesão de novos parceiros. “Desejamos que esta rede de parcerias cresça e, a partir de ações integradas, possibilite cada vez mais o desenvolvimento de iniciativas de inclusão cultural, social e científica”, explica.
O Programa Amigos do Museu da Vida tem patrocínio da IBM e copatrocínio da Nortec Química e Schott, todos com uso da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O lançamento será às 14h, no auditório do Museu da Vida, e contará com a presença do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, do diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Elian, e do chefe do Museu da Vida, Diego Bevilaqua. O Museu está localizado no campus Manguinhos da Fiocruz, que fica na av. Brasil, n° 4365, em frente à passarela seis. Para mais informações, ligue para (21) 2590-6747.
Participe e venha ver de perto essas iniciativas! Para mais informações sobre o ônibus Expresso da Ciência, clique aqui.
#PartiuMuseudaVida
Programa Amigos do Museu da Vida
Data: 12 de junho
Horários: Das 14h às 15h30
Preço: Entrada franca
Local: Auditório do Museu da Vida
Endereço: Avenida Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro
Atualizado em 10/06/2015
Após uma noite estrelada e relativamente amena, amanhece no Campo de São Domingos, região onde se localiza a base de apoio do Parque Nacional das Sempre-Vivas. Numa casa com energia gerada por um sistema solar-eólico, brigadistas, pesquisadores, analistas ambientais e outros profissionais despertam para mais um dia de trabalho em campo. Para a equipe do projeto Parques do Brasil é o quinto e último dia de expedição. A base está localizada num imenso planalto quase plano, coberto por campos rupestres. Ao longe, é possível observar cumes de montanhas e alguns capões de mata. Nos arredores, encontramos um jardim natural de incrível beleza e diversidade biológica, onde mais de 26 espécies de sempre-vivas são encontradas.
Com a transformação dos campos de sempre-vivas em áreas de pastagem para gado bovino e em plantio de eucalipto, muitas espécies já foram extintas ou se tornaram raras fora da unidade de conservação. Outros fatores também contribuem, como o excesso de coleta das sempre-vivas e incêndios constantes. Essa realidade torna o parque um banco genético de fundamental importância para a conservação e estudo dessas plantas que guardam ainda inúmeros segredos. Em meio ao campo, encontramos a nascente do rio Jequitaí, apresentando no seu entorno espécies de plantas carnívoras, algumas extremamente raras, como a do gênero Drosera, descrita pela primeira vez pelo naturalista e botânico Auguste Saint-Hilaire, em 1817.
Afastando-se um pouco da base do Parque, é possível encontrar a Serra do Galho. Marcando as coordenadas de viajantes de hoje e de outrora, o Morro do Galho, com seus 1.525 metros de altitude, ponto culminante da serra, destaca-se na paisagem. Nuvens escuras surgem no horizonte, trovoadas longínquas são ouvidas. No início da tarde, uma chuva inesperada e bem-vinda surge e marca o momento final da expedição.
Seguimos em direção ao centro do parque, na região mais conhecida como Fazenda Arrenegado, considerada a área mais conservada da unidade de conservação. No caminho, nos deparamos com várias pegadas. Por conta da caça, muitas espécies foram extintas na região, como o veado galheiro e a ema. Ainda assim, o parque apresenta uma fauna considerável com várias espécies endêmicas e muitas ameaçadas de extinção. Encontramos pegadas do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), anta (Tapirus terrestres), do gato do mato (Leopardus tigrinus), cachorro do mato (Cerdocyon thous), entre outras espécies. Embora não avistados nessa curta expedição, na região ainda é possível encontrar onças pintadas (Panthera onca), jaguatiricas (Leopardus pardalis), cinco espécies de primatas e outros bichos.
No parque, ainda é possível avistar 195 espécies de aves e várias espécies de serpentes e anfíbios, alguns endêmicos da região. No caminho tivemos também a oportunidade de conhecer um pouco da fitofisionomia do parque. A região está localizada dentro do bioma cerrado, mas sofre influência de dois outros biomas: mata atlântica e caatinga.
No dia seguinte, encontramos o analista ambiental Daniel Borges e seguimos para o Distrito de Curimataí, passando por diversas cancelas até chegarmos à comunidade de Santa Rita, onde encontramos o ex-brigadista e produtor rural Branco. Após percorrermos um pequeno trecho íngreme de carro, chegamos à borda de um vale. Caminhamos por uma trilha pedregosa até alcançarmos um penhasco de extrema beleza onde já podíamos vislumbrar o Rio Preto. Descemos por uma fenda vertical na encosta até chegar a uma mata de galeria fechada e espinhosa.
Apesar de alguma dificuldade, logo encontramos a beira do rio. Subimos mais algumas pedras e nos deparamos com uma cachoeira majestosa: a Cachoeira do Rio Preto ou Cachoeira de Santa Rita. A água do rio caía a uma altura de mais de 60 metros, formando uma enorme piscina de água escura e gelada. Ficamos lá por mais de duas horas tentando descrever com alguma exatidão a dimensão e a beleza dessa cachoeira, que com certeza está entre as mais belas do país. O Parque Nacional é um divisor de águas de duas importantes bacias hidrográficas, a bacia do Rio São Francisco e a bacia do Jequitinhonha. Dos planaltos do parque nascem mais de 600 nascentes, formando córregos, rios, cavando cânions e presenteando os visitantes com várias cachoeiras. Uma informação interessante é que todos os rios e córregos que correm pelo parque nascem no seu interior: não há rio ali que venha de fora da área protegida. As águas do parque atendem comunidades e cidades do entorno.
No segundo dia, a equipe recebeu ajuda do brigadista e guia local Nonô. Depois de um trecho em automóvel, seguimos a pé através de uma região campestre e brejosa cercada por morros e chegamos a um com características peculiares. No alto dele, podíamos observar uma reentrância. Ao subirmos a trilha em meio a pedras pontiagudas, encontramos um espaço bastante conservado, sem marcas de ocupação humana recente. No entanto, continuando a trilha, chegamos a um local com pinturas rupestres impressionantes.
Na rocha brilhante da montanha, desenhos milenares de animais e figuras abstratas. Veados, gatos selvagens, antas, pacas, várias espécies estavam ali registradas. O incrível é que os registros só existiam ali naquele lugar exposto para um imenso vale, indicando que havia sido produzido justamente para permitir que fosse visto a uma grande distância. Para que serviria? Para indicar espécies encontradas? Com certeza possuíam um objetivo muito específico para aquela sociedade. Depois dessa viagem no tempo voltamos a Diamantina.
Antes de iniciar a jornada e após uma longa viagem do Rio de Janeiro a Diamantina, percorrendo 728 km de estradas, a equipe do projeto se reuniu na sede administrativa do parque com Márcio Lucca e Daniel Borges, analistas ambientais do ICMBio, com o objetivo de definir os últimos detalhes da expedição. Na manhã seguinte, seguimos com Márcio Lucca, chefe do parque, até a entrada sul do local. Após percorrermos 70 km, sendo 60 em estradas de terra, chegamos ao vilarejo de Macacos, situado no entorno imediato do parque. Macacos é uma pequena vila que surgiu de uma antiga fazenda de mesmo nome e hoje possui poucos moradores que desfrutam de uma belíssima paisagem. Depois de ultrapassarmos os limites da unidade de conservação, seguimos mais 10 km até chegarmos à base do Parque.
A formação Galho do Miguel ocupa 90% da área do PNSV e é composta por quartzitos (um tipo de rocha) finos e puros, formando um enorme planalto com montanhas a perder de vista, surgidas a mais de um bilhão de anos. Essa estrutura gigante já sofreu muita erosão, mas ainda impressiona. Mais de 50% do parque é composto por formações rochosas, criando paisagens bastante singulares. Como resultado de todo o processo de corrosão da rocha, os quartzitos acabam por se transformar numa areia muita branca, criando um ambiente propício ao desenvolvimento das sempre-vivas.
A Semana do Meio Ambiente de 2016 trouxe várias atividades ao Museu! Vale lembrar que o dia 5 de junho marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente. Este ano, realizamos uma atividade em parceria com a Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz. Nada melhor que refletir sobre nossa relação com o planeta Terra colocando a mão na massa e curtindo as atividades que preparamos. Veja a programação que rolou!
Circuito ambiental da Dirac
7 de junho, às 10h, na Tenda da Ciência
Legados ambientais olímpicos: realidade ou enganação? | Palestra com o biólogo Mario Moscatelli
Tapete de histórias: Romeu e Julieta, duas borboletas em um belo jardim
8 de junho, de 9h às 13h, para público de 5 a 8 anos
Local: Sala Costa Lima, no Castelo Mourisco
A história conta as descobertas e diferenças de duas borboletas, numa atividade que incentiva o diálogo sobre a biodiversidade.
Curumim quer música!
7 de junho, de 10h30 às 13h30, de 6 a 8 anos
Local: Epidauro
Um indiozinho descobre que não há nenhum barulho na floresta e se pergunta: onde estão os sons? Em sua busca pela música, os pequenos visitantes da peça conhecem alguns conceitos musicais e ajudam o índio Ynhire a recuperar os sons!
Ver de perto
8 e 9 de junho, às 10h30, para crianças a partir de 8 anos
Local: o ponto de encontro é no Centro de Recepção
O que você faz quando vê um inseto? Você espanta ele? Sente medo ou curiosidade? A boa é vê-los bem de perto!
Trilha científica Oswaldo Cruz com passeio pelo horto Fiocruz
8 de junho, às 15h, para público a partir de 7 anos
Local: Centro de Recepção
Venha conhecer o Caminho de Oswaldo Cruz e visitar o horto! Uma atividade cheia de curiosidades sobre plantas e o patrimônio ambiental da Fiocruz.
O indesejável do Egito
7 e 8 de junho, às 9h e 15h, a partir de 10 anos
Local: Pirâmide
Com a ajuda de uma lupa, é possível identificar características do Aedes aegypti.
Há vida na gota d´água?
7, 8 e 9 de junho, às 10h30 e 13h30, a partir de 10 anos
Local: Pirâmide
Ao coletar a água de bromélias do campus da Fiocruz, é possível observar diversos microrganismos ao microscópio. Hummm, bate aquela curiosidade para descobrir quais! Corra para a Pirâmide e descubra!
Sabão sustentável
7 e 8 de junho, às 9h e 13h30, para público a partir de 12 anos
Local: Parque da Ciência
Sabia que dá para fazer sabão com o óleo que sobra na cozinha? Então, que tal fazer seu próprio sabão com óleo vegetal usado?
Oficina de brinquedos com sucatas
9 de junho, às 10h30 e 13h30, a partir de 10 anos
Local: Epidauro
A partir do poema "Quadrilha da sujeira", venha conversar sobre lixo, brincadeiras, nossa saúde e a saúde do planeta. A ideia é descobrir o quanto pode ser divertido brincar com sucatas, usando a criatividade para fazer o próprio brinquedo!
Atualizado em 10 de junho de 2016
O projeto é uma iniciativa educativa audiovisual de divulgação científica que tem como objetivo principal dar visibilidade às principais unidades de conservação do país.
Você conhece as sempre-vivas? Elas são plantas da família das eriocauláceas com inflorescências que, mesmo depois de colhidas, destacadas e secas, continuam a apresentar a aparência de estruturas vivas, abrindo e fechando conforme a umidade do ar e a luminosidade. Irado, né? Pois saiba que existe um parque aqui no Brasil com um montão delas: o Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), localizado próximo à cidade histórica de Diamantina, no estado de Minas Gerais.
Em maio, rolou uma super expedição por lá realizada pelo projeto Parques do Brasil, uma iniciativa educativa audiovisual de divulgação científica que tem como objetivo principal dar visibilidade às principais unidades de conservação do país. Desenvolvido pela pesquisadora Luciana Alvarenga, do Serviço de Educação em Ciências e Saúde do Museu da Vida, o projeto é uma parceria entre o Museu, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o produtor de TV e cineasta Carlos Sanches, da TV Brasil.
No Parque, já foram registradas cerca de 60 espécies de sempre-vivas, tornando essa unidade de conservação a área com mais espécies dessa planta no planeta. Mas saiba que mais espécies estão sendo gradativamente descritas a partir de novas pesquisas. Estima-se que existam mais de 100 espécies dessa família na área do parque, sendo que oito são consideradas raras e cinco já estão ameaçadas de extinção!
Preservando um dos trechos mais importantes da Serra do Espinhaço, onde o PNSV está localizado, o parque apresenta peculiaridades ecológicas e guarda memórias de diferentes períodos da pré-história e de épocas mais recentes, incluindo registros de naturalistas como Auguste Saint-Hilaire, Carl Von Martius, Johann Baptiste Von Spix, entre outros nomes. A equipe da expedição fez um relato do dia a dia da viagem, com cada foto iradíssima! Para conhecer a expedição, acompanhe os textos abaixo. Spoiler: o visual é realmente deslumbrante, você vai se apaixonar!
Primeiro dia de expedição: conferindo os últimos detalhes!
Após uma longa viagem do Rio de Janeiro a Diamantina, a equipe se prepara para conhecer o Parque. Mais de 50% do PNSV é composto por formações rochosas, criando paisagens únicas. Como resultado do processo de corrosão de uma rocha encontrada no local, o quartzito, uma areia muito branca se forma e acaba virando um ambiente propício para o desenvolvimento das sempre-vivas.
Segundo dia: pinturas rupestres à vista
Numa rocha brilhante, a equipe encontra desenhos milenares de animais e figuras abstratas. Veados, gatos selvagens, antas, pacas e outras espécies dão pistas sobre a vida pré-histórica que aconteceu ali há milhares de anos.
Terceiro dia: desbravando a cachoeira do Rio Preto
O PNSV é um divisor de águas de duas importantes bacias hidrográficas, a bacia do Rio São Francisco e a bacia do Jequitinhonha. Dos planaltos do parque nascem mais de 600 nascentes, formando córregos, rios, cavando cânions e presenteando os visitantes com várias cachoeiras.
Quarto dia: fauna e flora do Parque Nacional
No parque, é possível avistar 195 espécies de aves e várias espécies de serpentes e anfíbios, alguns endêmicos da região, além de animais como a onça pintada, jaguatirica, lobo guará e outros. Conheça quais!
Quinto dia: é chegada a hora de partir!
Depois de mais um dia de expedição, nuvens escuras surgem no horizonte, trovoadas longínquas são ouvidas. No início da tarde, uma chuva inesperada e bem-vinda surge e marca a despedida da equipe.
Publicado em 10 de junho de 2016