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Interessados puderam enviar currículo até 8 de agosto.


O Museu da Vida fez seleção de bolsistas para a área da educação em museus, para atuar no atendimento ao público visitante. Os interessados precisavam estar na faculdade de biologia ou química, entre o 3° e 5° períodos.

A carga horária é de 20 horas semanais. É importante que o candidato tenha disponibilidade nas tardes de segunda-feira para reuniões de estudo e de equipe. O processo seletivo contou com análise curricular e entrevista.

Atualizado em 9 de agosto de 2016
Conheça a equipe envolvida no projeto de divulgação científica em biologia sintética. 


A equipe BioSin é assim: cheia de gente que adora diversão e disposta a conversar sobre ciência. Conheça a turma que está envolvida com o projeto. ;)

Jovens antenados da equipe BioSin

Elielton Sousa

Da esquerda para a direita, Letícia Kécia, Victoria Araujo, Ygor Costa, Elielton Sousa, Juliane Araujo e Jorge Batista
Super observador, Elielton fica sempre ligado nas discussões do grupo. Dois dias depois de conhecê-lo, dá para perceber que ele carrega um coração de ouro e muito amor pela irmã menor, para quem ele adora ler histórias!

Jorge Batista

Jorge Black é o cara das gírias e passinhos transantes! Quer ser biólogo – será um dia! -, se amarra em dialogar com a equipe e trazer suas ideias criativas e muito loucas!

Juliane Araujo

Ela já conquista no primeiro sorriso e com certeza estará usando um batom de cor bem vibrante! Feminista, decidida e amável, adora ler e compartilhar alegria!

Letícia Kécia

Divertida, curiosa e super observadora, Letícia é daquelas que adora poemas e música clássica. Está sempre disposta a aprender algo novo e a visitar lugares diferentes!

Victória Araujo

Pode apostar: ela sempre terá um lanchinho na bolsa e, com a bondade que tem, vai oferecer um pedacinho a todos que estiverem ao seu lado. Divertida e doce, adora dar boas risadas e pensa em fazer jornalismo!

Ygor Costa

Meigo, cheio de atitude e muiiiito curioso, Ygor sempre traz suas ideias com muita empolgação! Quer ser jornalista e, por isso, está se envolvendo com as coberturas sobre as atividades realizadas, assim como Victória.


Os adultos da equipe que se acham super jovens e descolados

Fernanda França

Fernanda é a aventureira da equipe, sempre disposta a encarar esportes, até mesmo os radicais! É bióloga por formação e adora um bate-papo! Para animar o dia, basta conversar uns minutinhos com ela que a alegria está garantida.



Francisco Barros

Sempre muito antenado, Chico, como é chamado pela equipe, é graduando de física e traz dicas bacanérrimas na hora de gravar os vídeos do projeto. Ele saca muito de edição e fortalece nas questões mais tecnológicas!




Jorge Santos


Jorge é uma força da natureza! Cinco minutos de conversa com esse estudante de física já garantem boas risadas e um papo cheio de consciência sobre negritude. Tem um coração gigante e um abraço de urso!




Laís Rodrigues

Apelidada carinhosamente de patricinha, Laís está sempre trabalhada no perfume e na elegância. Determinada, organizada e cheia de alto astral, ela é doutoranda em física! Segundo ela: “eu saio do museu, mas o museu não sai de mim”.



Laíse Carvalho

Educadora e contadora de histórias do Serviço de Visitação e Atendimento ao Público do Museu da Vida, ela também é alfabetizadora de jovens e adultos. Muitas coisas a movem: música, sol, natureza... Adora colaborar com o alimento do corpo e da mente das pessoas. O cardápio é: literatura e alimentos mais saudáveis. Vai um poema e uma saladinha aí?

Luciana Sales

Dona de cachos poderosos e de um sorriso vibrante, Luciana encanta! Espere até você conhecer a gargalhada dela: dá para ser ouvida a muitos metros de distância e põe todos a gargalhar também! Pedagoga e mediadora, adora exercer sua profissão com muito amor!



Luís Victorino

Irônico, alegre e super prestativo são palavras que definem Victorino, físico por formação. Quando você menos espera, ele já está fazendo uma piada. Ah! As blusas dele de super-heróis são iradas e dá vontade de tê-las também!



Renata Fontanetto

Jornalista, cheia de energia e, muito provavelmente, irmã da peixe Dory, de “Procurando Nemo”. A memória dela não é muito boa, mas ela acaba dando um jeito com bastante organização. Não desiste, persiste e está sempre se perguntando: qual é a próxima parada irada que vou aprender?


Rosicler Neves

Dona de um coração gigante, Rosicler é física, ama os animais, dá “pitaco” em tudo e adora garantir o bem-estar das pessoas. É dessas que sonha alto, adora um projeto criativo e faz acontecer. Sua paixão é uma lojinha de guloseimas – aquela que estiver mais perto!



Suzi Aguiar

Uma menina com nome de boneca, muito falante e alegre! Carrega sonhos para cima e para baixo e só sossega quando os realiza. É educadora e mediadora no MV. Gosta de leitura, cinema, culinária, plantas, novos lugares e muitas outras coisas que trazem novos amigos e alegria!


Waldir Ribeiro

Waldir é o anfitrião do grupo, sempre disposto a receber a turma para uma festa cheia de comida, bebida, música e alegria! Biólogo e mediador do Museu da Vida, ele demonstra muita paixão pelo trabalho e sempre se mostra disponível a ajudar – inclusive no fim de semana!




Ex-integrantes que sentimos muita saudade e estão brilhando por aí!

Laís Jannuzzi

Com meio metro de altura e quase formada em jornalismo, se interessa pelas andanças na área da saúde. A comunicação previne, articula e cuida do bem-estar social, segundo ela. Falar de conteúdo científico, para essa moça que adora dançar, é traduzir a realidade que nos cerca.


Rebeca Alves

Perspicaz, com respostas afiadas na ponta da língua, feminista e futura bióloga, Rebeca é cheia de personalidade! Manda muito bem quando desenha e está sempre disposta a ouvir, dialogar e se divertir com os amigos!






O encontro contou com pesquisadores do Institute for Learning Innovation (EUA) e do Centro de Ciências Maloka, da Colômbia.



Quando o tema é aprendizagem de assuntos relacionados à ciência e tecnologia, os museus desempenham um papel tão importante quanto as escolas. A constatação é do diretor do Institute for Learning Innovation (EUA), John H. Falk, que participou do evento "Ciência e sociedade: inclusão e empoderamento", realizado no dia 6 de junho. “A visão predominante é a de que museus de ciência são legais, mas que não são necessários. Eu argumento que são necessários. As evidências que eu e outras pessoas estamos começando a coletar sugerem que os museus são tão importantes quanto as escolas no que se refere à sua contribuição para o entendimento da ciência pelo público”, declarou.

Durante o evento, ele apresentou os resultados do Estudo Internacional de Impacto de Centros de Ciência, uma pesquisa em grande escala que fornece um perfil inicial das contribuições dadas por essas instituições para o interesse e o entendimento público em ciência. A pesquisa reuniu evidências de que a existência de um museu de ciência em uma determinada comunidade tem um impacto positivo no interesse, no engajamento e no conhecimento que seus residentes têm em relação a temas científicos.

“As pessoas que vão a centros de ciência, independentemente de sua renda, grau de instrução ou mesmo do seu interesse em ciência, se beneficiam de tais experiências”, declarou Falk, que também é professor de Aprendizado de Livre Escolha da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Oregon (EUA). Ele ressalta ainda a importância de se conduzir estudos de impacto em instituições desse tipo. “Se você vai colocar recursos e energia em algo, é importante saber se você está fazendo diferença [para o público]”, afirma.

Também professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Oregon, Lynn D. Dierking sustenta que os museus de ciência precisam proporcionar experiências transformadoras para o público. Uma forma de fazê-lo, na avaliação dela, é através de atividades de mais longa duração. “Em muitos museus, você só caminha e olha, você não faz [nada]. [Acho importante] oferecer oportunidades para que se arregace as mangas e se faça coisas, seja nas próprias exposições dos museus ou em programas de outros tipos”, diz.

Para ela, a construção de relações interpessoais entre o público e os guias ou mentores dos museus é um elemento com potencial transformador. “Os jovens com os quais eu trabalho em particular não têm oportunidades de fazer coisas especiais ou de se sentirem especiais”, diz. “Muitos desses garotos odeiam a escola, sentem-se desestimulados por ela. Porém, adoram coisas mais ágeis. Há evidências de que eles podem se inspirar fora do ambiente escolar e lá encontrar mais razões para se envolver e participar mais da escola”, explica.

Em sua apresentação, a diretora da área de Ciência e Sociedade do Centro de Ciências Maloka, em Bogotá (Colômbia), Sigrid Falla, discutiu os resultados do Estudo Internacional de Impacto de Museus e Centros de Ciência. Identificou-se, segundo ela, que o público que frequenta o centro vive, em grande parte, nas suas imediações. O desafio agora, aponta Sigrid, é atrair também visitantes de outras áreas. “Percebemos que pessoas de renda mais baixa não sentiam que pertenciam ao lugar [centro de ciências]”, declarou.

(Fonte: Casa de Oswaldo Cruz)


Atualizado em 01 de julho de 2016
A exposição abordou o funcionamento do coração, e apresenta formas de prevenção de doenças. 


Com sons ampliados, um coração gigante bate em diferentes frequências
Quantas vezes seu coração já bateu desde o nascimento? Calcular o número - que pode ser bem grande dependendo da idade - é uma das atividades da exposição "Vias do coração".

Com visitação gratuita, a mostra conta com atividades que dialogam com diferentes faixas etárias por meio de jogos eletrônicos, atrações que estimulam a prevenção de doenças cardiovasculares, como a hipertensão, além de informações mais gerais, como a anatomia e funcionamento do órgão. Nas estações periféricas, por exemplo, o visitante pode conhecer o sistema circulatório e os principais elementos constituintes do sangue. Ricamente ilustrado, o conteúdo é distribuído por painéis, vídeos, bancadas de microscópios, além da apresentação de modelos anatômicos por monitores.

Crianças e adultos podem conferir como se comporta a pressão arterial em várias situações do dia a dia. Há, também, um coração gigante que mostra os batimentos cardíacos em diferentes frequências - os sons ampliados foram cedidos pelo Museu de Ciência e Indústria de Chicago. Por lá é possível assistir a vídeos educativos da agência americana The Visual MD, especializada em escaneamento do corpo humano em 3D.

Partindo para a estação central, um dos maiores inimigos da saúde cardiovascular é explorado: a hipertensão. Ilustrações retratam situações do dia a dia e chamam a atenção do público sobre a importância de se controlar a pressão arterial. Com algumas retrospectivas e curiosidades históricas, o objetivo é conferir ao conteúdo um tratamento mais humanizado. E se você quer saber sobre os diferentes tipos de diabetes, há um espaço que aborda prevenção, controle e consequências dessa doença para um paciente diagnosticado. A alimentação e prática de exercícios físicos estão entre as medidas preventivas!

A exposição ficou em cartaz até 16 de julho, na sala 307 do Castelo Mourisco, de terça a sexta, das 9h às 16h30, e aos sábados, das 10h às 16h. O endereço é Fiocruz, campus Manguinhos, avenida Brasil, nº 4.365. Para mais informações, ligue para (21) 2590-6747, ou envie uma mensagem para o Facebook do MV (/museudavida).

Atualizado em 23 de junho de 2016

O programa visa fortalecer as ações da instituição, como reestruturação das peças de teatro, entre outros. 



Programa Amigos do Museu da Vida lança ações para fortalecer atividades de divulgação científica do museu


Na próxima sexta, dia 12, o "Programa Amigos do Museu da Vida: uma rede de saúde, ciência e cultura” será apresentado ao público! O Ministério da Cultura e o Museu da Vida convidam você a participar e conhecer a iniciativa! Na ocasião, o "Ciência Móvel - Vida e Saúde para todos" também vai anunciar a temporada de itinerância 2015 do caminhão da ciência.

O programa marca uma série de acontecimentos para fortalecer as ações de divulgação científica do Museu na sociedade. Um deles é o ônibus “Expresso da Ciência”, que vai funcionar de forma exclusiva e gratuita para escolas públicas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro que não têm fácil acesso ao Museu. “Foi criada uma rede de escolas parceiras, incluindo, principalmente, aquelas no entorno da Fiocruz, mais vulneráveis socialmente. A partir de 15 de junho, vamos montar um programa de ação continuada com algumas escolas para facilitar esse acesso. Para saber mais, basta ligar para (21) 2590-6747”, explica Diego Bevilaqua, chefe do Museu da Vida. Saiba aqui como ele vai funcionar.

Sobre o Programa, o diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Elian, também destaca o lançamento do ônibus e adianta planos futuros. “Como desdobramento desta iniciativa teremos em breve ações mais impactantes no sentido de integrar o Museu da Vida ao circuito cultural da Grande Rio. Pontos de embarque em alguns locais da cidade podem atingir um público que, por diferentes fatores, ainda não desfrutou da experiência de conhecer o Museu", afirma Elian.

O ônibus, adesivado exclusivamente para as escolas, vai permitir maior facilidade de acesso à instituição! (Foto: Fábio Iglesias)

Outra novidade é a revitalização das intervenções teatrais. Peças em cartaz, como “Aprendiz de Feiticeiro”, “Aventuras no Castelo” e a esquete “Conferência Sinistra”, já estrearam neste ano com reformulações. No segundo semestre, uma nova peça será lançada! Baseada na literatura de cordel e voltada para público jovem, a trama abordará o HIV e será uma parceria com o Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz (INI).

Outra área que passará pelo mesmo processo é o Parque da Ciência: diversos aparelhos serão renovados, como Ligações Dançantes, Ciclos e Ritmos, Pedalando Ondas, Pilha Humana, entre outros. Ele também receberá rampas de acessibilidade. A maquete do Centro de Recepção é outro item contemplado no Programa: ela será mais interativa e dará detalhes sobre o campus da Fiocruz, com um guia virtual para indicar os principais prédios e aspectos históricos da instituição.

De acordo com Luis Fernando Donadio, coordenador de captação de recursos da Fiocruz, a cada ano haverá a oportunidade de adesão de novos parceiros. “Desejamos que esta rede de parcerias cresça e, a partir de ações integradas, possibilite cada vez mais o desenvolvimento de iniciativas de inclusão cultural, social e científica”, explica.

O Programa Amigos do Museu da Vida tem patrocínio da IBM e copatrocínio da Nortec Química e Schott, todos com uso da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O lançamento será às 14h, no auditório do Museu da Vida, e contará com a presença do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, do diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Elian, e do chefe do Museu da Vida, Diego Bevilaqua. O Museu está localizado no campus Manguinhos da Fiocruz, que fica na av. Brasil, n° 4365, em frente à passarela seis. Para mais informações, ligue para (21) 2590-6747.

Participe e venha ver de perto essas iniciativas! Para mais informações sobre o ônibus Expresso da Ciência, clique aqui.

#PartiuMuseudaVida

Programa Amigos do Museu da Vida
Data: 12 de junho
Horários: Das 14h às 15h30
Preço: Entrada franca
Local: Auditório do Museu da Vida
Endereço: Avenida Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro

Atualizado em 10/06/2015


No Campo de São Domingos, é possível encontrar mais de 26 espécies de sempre-vivas.

Após uma noite estrelada e relativamente amena, amanhece no Campo de São Domingos, região onde se localiza a base de apoio do Parque Nacional das Sempre-Vivas. Numa casa com energia gerada por um sistema solar-eólico, brigadistas, pesquisadores, analistas ambientais e outros profissionais despertam para mais um dia de trabalho em campo. Para a equipe do projeto Parques do Brasil é o quinto e último dia de expedição. A base está localizada num imenso planalto quase plano, coberto por campos rupestres. Ao longe, é possível observar cumes de montanhas e alguns capões de mata. Nos arredores, encontramos um jardim natural de incrível beleza e diversidade biológica, onde mais de 26 espécies de sempre-vivas são encontradas.

Com a transformação dos campos de sempre-vivas em áreas de pastagem para gado bovino e em plantio de eucalipto, muitas espécies já foram extintas ou se tornaram raras fora da unidade de conservação. Outros fatores também contribuem, como o excesso de coleta das sempre-vivas e incêndios constantes. Essa realidade torna o parque um banco genético de fundamental importância para a conservação e estudo dessas plantas que guardam ainda inúmeros segredos. Em meio ao campo, encontramos a nascente do rio Jequitaí, apresentando no seu entorno espécies de plantas carnívoras, algumas extremamente raras, como a do gênero Drosera, descrita pela primeira vez pelo naturalista e botânico Auguste Saint-Hilaire, em 1817.

Afastando-se um pouco da base do Parque, é possível encontrar a Serra do Galho. Marcando as coordenadas de viajantes de hoje e de outrora, o Morro do Galho, com seus 1.525 metros de altitude, ponto culminante da serra, destaca-se na paisagem. Nuvens escuras surgem no horizonte, trovoadas longínquas são ouvidas. No início da tarde, uma chuva inesperada e bem-vinda surge e marca o momento final da expedição.

No centro do Parque Nacional das Sempre-Vivas, muitas espécies da fauna brasileira. 


Seguimos em direção ao centro do parque, na região mais conhecida como Fazenda Arrenegado, considerada a área mais conservada da unidade de conservação. No caminho, nos deparamos com várias pegadas. Por conta da caça, muitas espécies foram extintas na região, como o veado galheiro e a ema. Ainda assim, o parque apresenta uma fauna considerável com várias espécies endêmicas e muitas ameaçadas de extinção. Encontramos pegadas do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), anta (Tapirus terrestres), do gato do mato (Leopardus tigrinus), cachorro do mato (Cerdocyon thous), entre outras espécies. Embora não avistados nessa curta expedição, na região ainda é possível encontrar onças pintadas (Panthera onca), jaguatiricas (Leopardus pardalis), cinco espécies de primatas e outros bichos.

No parque, ainda é possível avistar 195 espécies de aves e várias espécies de serpentes e anfíbios, alguns endêmicos da região. No caminho tivemos também a oportunidade de conhecer um pouco da fitofisionomia do parque. A região está localizada dentro do bioma cerrado, mas sofre influência de dois outros biomas: mata atlântica e caatinga.

A equipe percorreu as margens do Rio Preto e chegou à Cachoeira de Santa Rita.

No dia seguinte, encontramos o analista ambiental Daniel Borges e seguimos para o Distrito de Curimataí, passando por diversas cancelas até chegarmos à comunidade de Santa Rita, onde encontramos o ex-brigadista e produtor rural Branco. Após percorrermos um pequeno trecho íngreme de carro, chegamos à borda de um vale. Caminhamos por uma trilha pedregosa até alcançarmos um penhasco de extrema beleza onde já podíamos vislumbrar o Rio Preto. Descemos por uma fenda vertical na encosta até chegar a uma mata de galeria fechada e espinhosa.

Apesar de alguma dificuldade, logo encontramos a beira do rio. Subimos mais algumas pedras e nos deparamos com uma cachoeira majestosa: a Cachoeira do Rio Preto ou Cachoeira de Santa Rita. A água do rio caía a uma altura de mais de 60 metros, formando uma enorme piscina de água escura e gelada. Ficamos lá por mais de duas horas tentando descrever com alguma exatidão a dimensão e a beleza dessa cachoeira, que com certeza está entre as mais belas do país. O Parque Nacional é um divisor de águas de duas importantes bacias hidrográficas, a bacia do Rio São Francisco e a bacia do Jequitinhonha. Dos planaltos do parque nascem mais de 600 nascentes, formando córregos, rios, cavando cânions e presenteando os visitantes com várias cachoeiras. Uma informação interessante é que todos os rios e córregos que correm pelo parque nascem no seu interior: não há rio ali que venha de fora da área protegida. As águas do parque atendem comunidades e cidades do entorno.

No segundo dia, a equipe encontrou pinturas rupestres impressionantes.


No segundo dia, a equipe recebeu ajuda do brigadista e guia local Nonô. Depois de um trecho em automóvel, seguimos a pé através de uma região campestre e brejosa cercada por morros e chegamos a um com características peculiares. No alto dele, podíamos observar uma reentrância. Ao subirmos a trilha em meio a pedras pontiagudas, encontramos um espaço bastante conservado, sem marcas de ocupação humana recente. No entanto, continuando a trilha, chegamos a um local com pinturas rupestres impressionantes.

Na rocha brilhante da montanha, desenhos milenares de animais e figuras abstratas. Veados, gatos selvagens, antas, pacas, várias espécies estavam ali registradas. O incrível é que os registros só existiam ali naquele lugar exposto para um imenso vale, indicando que havia sido produzido justamente para permitir que fosse visto a uma grande distância. Para que serviria? Para indicar espécies encontradas? Com certeza possuíam um objetivo muito específico para aquela sociedade. Depois dessa viagem no tempo voltamos a Diamantina.
A expedição começou pelo planalto Galho do Miguel, formação rochosa com mais de um bilhão de anos.

Antes de iniciar a jornada e após uma longa viagem do Rio de Janeiro a Diamantina, percorrendo 728 km de estradas, a equipe do projeto se reuniu na sede administrativa do parque com Márcio Lucca e Daniel Borges, analistas ambientais do ICMBio, com o objetivo de definir os últimos detalhes da expedição. Na manhã seguinte, seguimos com Márcio Lucca, chefe do parque, até a entrada sul do local. Após percorrermos 70 km, sendo 60 em estradas de terra, chegamos ao vilarejo de Macacos, situado no entorno imediato do parque. Macacos é uma pequena vila que surgiu de uma antiga fazenda de mesmo nome e hoje possui poucos moradores que desfrutam de uma belíssima paisagem. Depois de ultrapassarmos os limites da unidade de conservação, seguimos mais 10 km até chegarmos à base do Parque.

A formação Galho do Miguel ocupa 90% da área do PNSV e é composta por quartzitos (um tipo de rocha) finos e puros, formando um enorme planalto com montanhas a perder de vista, surgidas a mais de um bilhão de anos. Essa estrutura gigante já sofreu muita erosão, mas ainda impressiona. Mais de 50% do parque é composto por formações rochosas, criando paisagens bastante singulares. Como resultado de todo o processo de corrosão da rocha, os quartzitos acabam por se transformar numa areia muita branca, criando um ambiente propício ao desenvolvimento das sempre-vivas.
Link para o site Invivo
link para o site do explorador mirim
link para o site brasiliana

Funcionamento:  de terça a sexta, das 9h às 16h30; sábados, das 10h às 16h.

Fiocruz: Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro. CEP: 21040-900

Contato: museudavida@fiocruz.br | (21) 3865-2128

Assessoria de imprensa: divulgacao@fiocruz.br

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