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Espetáculo explora o universo da matemática e é pensado especialmente para crianças de seis a dez anos.


A matemática precisa ser vivida. Por que não vivê-la em uma peça teatral para crianças? Este é o intuito do espetáculo “O problemão da Banda Infinita”, aventura que ficou em cartaz na Tenda da Ciência e que é pensada, especialmente, para o público de seis a dez anos, do primeiro segmento do ensino fundamental. Jovens e adultos também são bem-vindos no espetáculo! 

A trama começa quando os cinco amigos integrantes da Banda Infinita - Pati, Tales, Artur, Pita e Alan - estão prestes a se apresentar num show. A empolgação toma conta do grupo, mas algo acontece com um dos instrumentos: algumas partes da corneta Max-Mega-Super-Ultra-Sonora somem. Para recuperá-las, eles terão que fazer uso da matemática nossa de cada dia e embarcar, literalmente, numa nave, desbravando mundos e esbarrando com personagens curiosos.

A peça estreou em 2018, um ano especial, por se tratar do Biênio da Matemática no Brasil (2017-2018). A atriz e diretora Letícia Guimarães, idealizadora do projeto, conta que o processo de criação envolveu muita pesquisa, com leitura de livros didáticos, de literatura infantil e análise de desenhos feitos por crianças. “Um dos mediadores do Museu da Vida, o pedagogo Fredson Araújo, fez uma grande pesquisa com professores de escolas públicas da zona Oeste do Rio. A gente recebeu desenhos de mais de 120 alunos desses colégios, que nos mostraram como é a visão deles em relação à matemática”, diz.

Os desenhos não pintavam a matemática como algo negativo, muito pelo contrário. “Eles têm uma visão lúdica, prática, muito relacionada aos jogos e às brincadeiras, ao uso de aparelhos móveis, ao fato de pegar um ônibus e fazer o troco, ver as horas e saber quantos anos alguém está fazendo, por exemplo”, complementa Letícia.

Os nomes dos personagens são inspirados em matemáticos da vida real: Hipátia de Alexandria, do Egito, Tales de Mileto e Pitágoras, da Grécia Antiga, Alan Turing, do Reino Unido, e Artur Ávila, jovem matemático carioca e um dos ganhadores da medalha Fields de 2014, o maior prêmio da área.

O educador e físico do Museu da Vida Paulo Colonese, um dos colaboradores da peça, observa que a matemática faz parte da vida de todos desde o nascimento. “As ideias que a matemática estuda permeiam todo o processo de descoberta do mundo. Por exemplo, quando um bebê começa a perceber o espaço ao redor, ele começa a assimilar a geometria ali presente, bem como outros itens, como tamanhos e distâncias. Todos são conceitos fundamentais para a nossa vida”, pontua.

Foi pensando nessas ideias que o dramaturgo Rafael Souza-Ribeiro começou a elaborar o texto da trama. “Deixei a imaginação correr solta e me predispus a escrever uma grande aventura, repleta de personagens e lugares fantásticos, reviravoltas, descobertas, desafios e tudo com muito humor. O humor nos aproxima, nos humaniza”, destaca Rafael. O maior desafio, segundo ele, é o de escrever para público infantil: “Não se pode jamais subestimar a inteligência e a sensibilidade das crianças e é preciso ter em mente a contribuição à formação cultural delas. Eu me reconectei com conteúdos da época da escola e o mais encantador foi redescobrir que a matemática está aqui presente o tempo todo”, afirma.

Outro destaque da obra são as músicas, inspiradas em ritmos como o carimbó do Norte e o coco de roda do Nordeste. O diretor musical Renato Frazão diz que a ideia é que a diversidade musical brasileira esteja representada o máximo possível. “Pesquisei, ouvi muitas músicas e li o texto para captar o que podia gerar ideias para as canções. Os trabalhos teatrais infantis costumam explorar pouco essa diversidade cultural do país. O contato das crianças com esse universo rico, mesmo que seja a primeira vez e de forma rápida, é muito importante”, avalia.

Ritmo, humor e aventura, elementos que, para Letícia, estão reunidos sob um mesmo objetivo. “Esperamos que a peça possa levantar um debate sobre esse preconceito que se constrói ao longo da vida em relação à matemática. Além disso, é um estímulo à cidadania, porque essa área não é só para gênios. Para ser gênio, tem que ter oportunidade”, conclui.

Peça teatral “O problemão da Banda Infinita” (As sessões acontecem caso haja um quantitativo mínimo de dez pessoas)

Temporada: até novembro de 2018

O espaço está sujeito à lotação. De terça a quinta, a ocupação é por ordem de chegada. Aos sábados, haverá distribuição de senhas a partir das 10h.

Endereço: avenida Brasil, nº 4.365, dentro do campus da Fiocruz localizado no bairro de Manguinhos
Informações: (21) 2590-6747

 

Confira a ficha técnica do espetáculo!

 

Atualizado em 28/11/2018

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link para o site brasiliana

Funcionamento:  de terça a sexta, das 9h às 16h30; sábados, das 10h às 16h.

Fiocruz: Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro. CEP: 21040-900

Contato: museudavida@fiocruz.br | (21) 3865-2128

Assessoria de imprensa: divulgacao@fiocruz.br

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