A falta de acesso à água é hoje um grave problema e, em muitas cidades, procuram-se novas alternativas de abastecimento. Para motivar a reflexão sobre a importância do tema, a exposição Rios Brasileiros – com seu olhar crítico e sensível – estabelece uma conexão entre o público e a criação artística, convidando os visitantes a pensarem sobre a necessidade de preservação das bacias hidrográficas do país. O pré-lançamento da exposição aconteceu no dia 4 de julho, na Biblioteca de Manguinhos da Fiocruz, como parte da programação do evento Saúde e Cultura: parceria que dá certo, que celebrou as colaborações para o desenvolvimento de alguns dos projetos socioculturais da Fiocruz.
A mostra Rios Brasileiros é composta por dez painéis em pintura acrílica sobre tela, assinadas por Rodrigo Andriàn, que usa a arte para abordar características históricas e geográficas dos rios, bem como algumas curiosidades (por exemplo, as sete irmãs solteiras que, no século 18, moravam em uma casa verde próxima ao rio Tietê, em São Paulo). Os quadros destacam duas grandes bacias nacionais (a do rio Amazonas e a do rio Paraguai, na qual se localiza o Pantanal), além de rios do Sudeste, área de atuação do caminhão do Ciência Móvel - Arte e Ciência sobre Rodas, que leva as atividades do Museu da Vida da Fiocruz a vários locais da região. A exposição segue o circuito de atividades do museu itinerante. A primeira viagem de Rios Brasileiros será para Baixo Guandu, no Espírito Santo, de 11 a 14 de julho.
Mais do que denunciar as ações destrutivas do homem sobre o meio ambiente, as pinturas buscam despertar o público para a necessidade de iniciativas de despoluição e recuperação dos rios urbanos, fundamentais à continuidade das espécies animais, inclusive do próprio homem. Os temas em destaque incluem recuperação das nascentes dos rios; recuperação da mata ciliar ao longo das margens dos rios; plantio de mudas de árvores nativas e frutíferas na área do entorno dos rios; e sensibilização e mobilização ambiental de comunidades próximas aos rios.
O Ciência Móvel - Arte e Ciência sobre Rodas tem patrocínio da Sanofi, EDF Norte Fluminense, Dow e Halliburton, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Conta ainda com apoio do CNPq / Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC).
Sobre o artista
Rodrigo Andriàn nasceu no Rio de Janeiro e atualmente reside em Petrópolis, cidade serrana do estado. Sua pintura figurativa contemporânea, em geral, aborda aspectos brasileiros e a temática ambiental é uma constante. Das linhas geométricas e orgânicas que caminham sobre a tela, surgem formas que dialogam por meio das cores, compondo uma imagem aberta onde o público participa no reconhecimento de elementos diversos. O artista tem realizado diversas exposições no Brasil e no exterior.
Sobre o Saúde e Cultura: parceria que dá certo
Plataforma digital Aedes e Saúde, Programa Amigos do Museu da Vida, Ciência Móvel, Contando Histórias e Renovando Esperanças, Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí e exposição Cartas de Oswaldo Cruz: estas foram as ações celebradas na edição 2018 do evento Saúde e Cultura, que teve coordenação da Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI/Fiocruz), por meio do Escritório de Captação de Recursos.
Atualizado em 05/07/2018
