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Neste informe:

1. Marcha pela Ciência: sucesso ou fiasco?
2. Ciência e mídia em análise
3. Precisamos falar sobre suicídio
4. Ciência cidadã no hall da fama
5. Dando voz aos diferentes feminismos
6. Piquenique científico
7. A vida de Galileu em nova temporada
8. Coisa nossa
9. Encontro mundial de museus de ciência
10. Audiências em foco


1. Marcha pela Ciência: sucesso ou fiasco? – No dia 22 de abril, milhares de cientistas e simpatizantes, em diversas partes do mundo, foram às ruas manifestar suas preocupações quanto aos rumos da ciência frente às ameaças que o setor vem sofrendo em termos de cortes orçamentários e desvalorização política. Foram registradas no site oficial do evento 610 manifestações, em 69 países. Na página do Facebook Marcha pela Ciência no Brasil, foram registrados 12 eventos, mas fala-se em um total de 25 atos país afora. A repercussão do movimento na mídia internacional foi grande. Apesar de críticas pontuais, as marchas foram celebradas e consideradas um marco histórico das relações entre ciência e sociedade. No Brasil, a grande imprensa também deu atenção ao tema. No entanto, duras críticas à reduzida adesão da comunidade científica do país às marchas provocou reações adversas de pesquisadores e demais envolvidos. Alguns argumentam que, independentemente dos números, o movimento foi importante para dar visibilidade à ciência e às reivindicações da comunidade científica e para engajá-la em um projeto mais proativo de diálogo com a sociedade. Mas, para que isso se concretize, é preciso mais do que marchar. Felizmente, isto é um consenso. Para acompanhar a repercussão do movimento no Brasil, acesse sua página no Facebook: <https://www.facebook.com/groups/726145034215388>.

2. Ciência e mídia em análise – Apesar da multiplicação e diversificação de fontes de informação com o advento da internet 2.0, os meios de comunicação de massa continuam sendo importantes mediações entre a comunidade científica e a sociedade. Assim, estudos que analisam a cobertura da ciência na mídia podem ajudar a compreender a forma como os cidadãos percebem a atividade científica e seus atores. É o que propõem Ramalho e colegas em artigo publicado na edição corrente do periódico História, Ciências, Saúde – Manguinhos, em que analisam e comparam um ano da cobertura de ciência e tecnologia do principal telejornal do Brasil (Jornal Nacional) e da Colômbia (Noticias Caracol). Diferenças à parte, os autores observaram que, em ambos os noticiários, reportagens sobre medicina e saúde foram as mais frequentes, o principal enfoque das reportagens foi o anúncio de nova pesquisa, cientistas foram as principais fontes citadas, a abordagem em torno da ciência tendeu a ser positiva e a menção a controvérsias da ciência foi bastante reduzida, o que indica a construção de uma imagem distorcida de ciência por parte desses meios. A relação entre mídia e ciência também é abordada em artigo da mesma edição do periódico que trata das pesquisas e do debate em torno das células-tronco no Brasil. Os autores apontam aspectos controversos na construção desse campo científico, especialmente no que diz respeito à mídia, apontada como propagadora de novas modalidades de esperança. O número traz ainda artigo propondo indicadores qualitativos para medir o impacto de iniciativas de divulgação científica. A edição completa está disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0104-597020170001&lng=en&nrm=iso>.

3. Precisamos falar sobre suicídio – No último dia de março, entrou no ar na Netflix a série 13 Reasons Why, que conta a história de uma estudante adolescente que comete suicídio, deixando fitas gravadas explicando os motivos de seu ato. A série gerou polêmica e provocou muitos debates pela forma com que aborda o tema. Com alguma presença na ficção, o suicídio é assunto tabu para veículos de imprensa, que, em certas situações, evitam notícias sobre o tema. Este é um dos pontos debatidos no estudo “Os efeitos da mídia sobre o suicídio: Uma análise empírica para os estados brasileiros” (https://www.econstor.eu/bitstream/10419/91106/1/776412531.pdf), promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que conclui que a mídia pode ser o terceiro maior motivador de suicídios, depois do desemprego e da violência. Outra pesquisa sobre o tema é relatada no artigo “Suicídio na mídia semanal” (https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/449). A análise de 151 matérias publicadas na revista Veja entre 1996 e 2010 conclui que a cobertura de suicídios na revista tende a ser sensacionalista e a não seguir as recomendações da Comissão de Prevenção de Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria. Como cita este último artigo, o suicídio é mal que cresce dia a dia. Felizmente, o debate também. Comunicar o tema de forma responsável e contribuir para a prevenção deste ato extremo é um desafio para a divulgação científica.

4. Ciência cidadã no hall da fama – Pois é, a ciência cidadã, tradução do termo citizen science, que, simplificadamente, significa a participação de cidadãos na coleta de dados e em outras fases da pesquisa científica, tem crescido e aparecido. E agora foi parar na TV, por meio da série de documentários The Crowd & The Cloud. Organizada pelo engenheiro Waleed Abdalati, que já foi cientista-chefe da NASA, a agência espacial norte-americana, a série tem como objetivo mostrar aos espectadores projetos e pessoas que estão na linha de frente de projetos de ciência cidadã por todo o mundo. Os 4 episódios que compõem a série, disponíveis também online, tratam de temas como asma, qualidade do ar, condições climáticas extremas, mal de Alzheimer, zika, entre outros. Como diz, de forma bem entusiasmada, o texto de apresentação da série, “há uma revolução acontecendo na ciência, e, agora, mais do que nunca, você pode ser parte disso”. Os episódios “Even Big Data Starts Small”, “Citizens + Scientists”, “Viral vs. Virus” e “Citizens4Earth” estão disponíveis no site da série: <http://crowdandcloud.org/watch-the-episodes/episode-one>.

5. Dando voz aos diferentes feminismos – Discriminação, machismo, silenciamento, negação e restrição de direitos, salários e cargos menores... todas essas palavras traduzem, em alguma medida, situações do dia a dia vivenciadas por mulheres em diferentes partes do mundo. Pesquisar e dar visibilidade a estudos que analisam questões de gênero é uma forma de combater essas diversas formas de violência. Partindo dessa premissa, o periódico Chasqui – Revista Latinoamericana de Comunicación prepara uma edição sobre “Gênero e Comunicação”, para a qual está recebendo artigos até 22 de maio. Segundo a chamada lançada pela revista, o desafio desse número é contribuir para que questões de gênero e feminismos sejam incorporadas aos discursos cotidianos em todos os temas pelos quais transita a existência da mulher. Há diferentes eixos temáticos para a submissão de artigos, entre os quais estão “Representação midiática dos corpos no cinema, nas telenovelas e nos reality shows”, “O gênero na trama da comunicação”, “Gênero e violências” e “Espetacularização das diferenças”. Informações sobre a submissão de artigos para essa edição da revista estão disponíveis no link: <http://revistachasqui.org/inicio/chamada-135/>.

6. Piquenique científico – Em maio, o Museu da Vida e a Fiocruz – entidade à qual o museu está vinculado – fazem aniversário. Para comemorar, uma programação especial está sendo organizada para o dia 27 de maio, sábado, incluindo oficinas, mostras científicas, teatro, entre outras atrações. As atividades acontecerão em uma ampla área verde do campus da Fiocruz, ao redor da Tenda da Ciência Virgínia Schall, que irá dar lugar a um grande piquenique. Todos os visitantes estão convidados a trazer suas cestinhas e participar. O evento começará às 10h e irá se prolongar até o horário de fechamento do Museu da Vida, às 16h. O museu fica na Av. Brasil, 4365, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Para mais informações sobre a visitação e sobre a programação do Piquenique científico (em breve), acesse o site: < www.museudavida.fiocruz.br>.

7. A vida de Galileu em nova temporada – No dia 16 de maio, a peça “A vida de Galileu”, adaptada do texto original de Bertolt Brecht, reestreia nos palcos da Tenda da Ciência do Museu da Vida e permanece em cartaz até 1º de julho. Matemático, astrônomo e físico italiano nascido em 1564, Galileu contribuiu com inventos e descobertas para a ciência, defendeu e comprovou a teoria heliocêntrica de Copérnico e foi perseguido pela Santa Inquisição. Na adaptação do Museu da Vida, o enredo é permeado por depoimentos de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz cassados durante a ditadura militar. A ideia é mostrar o que pode acontecer com a ciência em regimes autoritários. As sessões acontecem às terças e quartas, às 10h30 e às 13h30, e em alguns sábados, às 11h (27/5, 10/6, 17/6 e 1/7). O Museu da Vida fica no campus da Fiocruz, na Av. Brasil, 4365, Manguinhos, no Rio de Janeiro. Informações pelo telefone (21) 2590-6747 e no site <www.museudavida.fiocruz.br>.

8. Coisa nossa – As invenções vêm, às vezes, de ideias que juntam a com b; outras vezes, são obra do puro acaso. Podem ser fruto do trabalho de um cientista meticuloso, bem como a realização de sonhos coletivos. Enfim, são infinitas as possibilidades das mentes criadoras, capazes de transformar nossas vidas por completo. A nova exposição do Museu do Amanhã, “Inovanças – criações à brasileira”, mostra os caminhos e a concretização de 40 ideias inovadoras made in Brasil. Na exposição, as criações estão divididas em sete setores, exibidas em um espaço amplo sem divisórias, onde também são apresentados vídeos com depoimentos dos criadores. Entre as invenções expostas figuram o Hand Talk, aplicativo que traduz português para a Língua Brasileira de Sinais, e o Lince, equipamento que permite o diagnóstico do câncer de pele. O ingresso ao Museu do Amanhã (R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia) dá direito a visitar a exposição “Inovanças”, em cartaz até 22 de outubro. Às terças, a entrada é gratuita. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com última entrada às 17h, e está localizado na Praça Mauá, nº 1, no centro do Rio. Mais informações pelo site < http://www.museudoamanha.org.br> e no e-mail <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Visite também o hotsite da exposição: < http://museudoamanha.org.br/inovancas >.

9. Encontro mundial de museus de ciência – Estão abertas as inscrições para o Science Centre World Summit (SCWS 2017). Em sua segunda edição, o encontro vai acontecer entre 15 e 17 de novembro no museu Miraikan, em Tóquio, no Japão. “Conectando o mundo para um futuro sustentável” é o tema do evento, que visa discutir como museus e centros de ciência podem contribuir para a sustentabilidade em todas as suas formas, estimular que diferentes representantes da sociedade troquem ideias e atuem em colaboração, encorajar o engajamento com a ciência e desenvolver novas abordagens para a transformação da sociedade em busca da sustentabilidade. O SCWS 2007 contará com a participação de representantes de museus e centros de ciência, universidades e centros de pesquisa, agências governamentais, empresários, divulgadores de ciência, entre outros atores interessados. O evento oferece descontos na taxa de inscrição para estudantes e pagamentos realizados até o dia 15 de julho – o prazo final é 27 de outubro. Para se inscrever e obter mais informações sobre o evento e as taxas, acesse: < https://scws2017.org/>.

10. Audiências em foco – Por décadas os chamados “estudos de público” têm influenciado a forma como museus e centros de ciência entendem suas audiências. No entanto, muitas questões relacionadas a elas ainda estão em aberto e carecem, portanto, de mais reflexão e investigação. Como os diferentes públicos percebem os museus? Como captar a atenção das audiências de forma a apoiar experiências significativas? Como lidar com as diversas necessidades e expectativas dos visitantes? Estas e outras questões e desafios da área serão abordados na conferência Connected Audience 2017, a ser realizada de 14 a 16 de setembro, no Museu Austríaco de Arquitetura, em Viena, Áustria. O evento, organizado pelo Institute for Learning and Innovation (Estados Unidos) e KulturAgenda - Institute for Museums, Cultural Enterprises e Audiences (Áustria), irá reunir pesquisadores, profissionais de museus e de outros espaços culturais para discutir ideias e práticas inovadoras em pesquisa e desenvolvimento de audiências. Os interessados em apresentar trabalho na conferência têm até o dia 2 de maio para enviar um resumo, em inglês, com até 250 palavras e um currículo de meia página, também em inglês, para o e-mail <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site http://www.instituteforlearninginnovation.org. A programação da conferência estará disponível, em breve, no site <kulturagenda.at>.


Ciência & Sociedade é o informativo eletrônico do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz). Editores de Ciência & Sociedade: Luisa Massarani, Marina Ramalho e Carla Almeida. Redatores: Luís Amorim, Renata Fontanetto e Rosicler Neves. Projeto gráfico: Luis Cláudio Calvert. Informações, sugestões, comentários, críticas etc. são bem-vindos pelo endereço eletrônico <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Se você não quer mais receber Ciência & Sociedade, envie um e-mail para <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. A coleção completa de Ciência & Sociedade está disponível em <http://www.museudavida.fiocruz.br/cs-l>.
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