Espaço privilegiado da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o diálogo com a sociedade por meio de ações de divulgação científica e de valorização do patrimônio cultural, o Museu da Vida acaba de ganhar uma nova marca: Museu da Vida Fiocruz. Mais colorida e cheia de elementos que remetem à ciência e aos azulejos do icônico castelo que é símbolo da Fundação, a marca espelha um novo momento do museu, que vem ampliando a oferta de atividades ao público a partir da requalificação de seu núcleo histórico construído no início do século 20 no Rio de Janeiro.
Desde 1999, ciência e arte andam de mãos dadas no Museu da Vida Fiocruz, localizado em uma ampla área verde no campus da Fiocruz em Manguinhos, na zona norte da capital fluminense. A programação, inteiramente gratuita, inclui peças teatrais, exposições, contação de histórias, além de visitas ao Castelo da Fiocruz e outros espaços históricos. Agora, o museu caminha para consolidar a experiência de um campus-parque a seus visitantes.
Para Marcos José de Araújo Pinheiro, diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), unidade da instituição dedicada à história das ciências e da saúde, à divulgação científica e ao patrimônio cultural, a nova marca dialoga com o momento atual do museu. “No cerne da ideia de uma nova marca, está a possibilidade de ampliação das atividades de divulgação científica com maiores e novos públicos, num diálogo direto e permanente com a cidade e com o importante patrimônio cultural da saúde e da Fiocruz, em todas as suas representações e suportes”, afirma.
“Com a nova marca, o Museu da Vida Fiocruz destaca alguns valores muito importantes para a instituição, como a ciência, a história e o patrimônio cultural, que são pilares desse diálogo com a sociedade. A ideia é mostrar a ciência viva, em movimento, como algo produzido no passado e no presente pela Fiocruz e ao lado da sociedade”, completa Diego Vaz Bevilaqua, vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da COC/Fiocruz.
Circuito de visitação busca promover diálogos sobre ciência de forma divertida
Entre as atividades que já fazem parte do circuito de visitação do Museu da Vida Fiocruz está o Parque da Ciência, espaço em que a criançada pode se divertir explorando um modelo de célula animal gigante e aprender em esculturas que mostram como funciona a fala e a audição. No campus, também é possível andar pelo Caminho Oswaldo Cruz e fazer um trecho do trajeto ao ar livre que o patrono da Fiocruz percorria entre a estação de trem e as primeiras instalações construídas no campus no início do século passado.
Quando o assunto são as edificações históricas, o Castelo da Fiocruz é uma atração à parte. Não há quem não fique surpreso e encantado com a beleza do ‘Palácio das Ciências’. O prédio em estilo neomourisco, idealizado pelo cientista Oswaldo Cruz para ser símbolo da Ciência e da Saúde Pública no Brasil, chama a atenção pelos detalhes em ambientes internos e externos. E para o visitante que quer explorar seu lado cientista, a Pirâmide é um espaço que permite fazer diversos experimentos e atividades sobre as vidas micro e macroscópica.
Edifício histórico, Cavalariça da Fiocruz abriga mostra sobre vida e saúde
Marco desta fase do Museu da Vida Fiocruz, sua mais nova exposição de longa duração, aberta ao público em 2022, convida os visitantes a uma reflexão sobre vida e saúde a partir de diferentes escalas. Da microbiologia à saúde como fenômeno social, a mostra coloca em pauta questões atuais, como a vacinação e a interferência das atividades humanas no equilíbrio dos ecossistemas.
A exposição interativa e acessível Vida e saúde: relações (in)visíveis ocupa o edifício da Cavalariça, que acolheu a nascente produção de soros contra doenças que afligiam o Brasil no início do século 20. O edifício foi inteiramente restaurado pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Fiocruz e recebeu adaptações para receber a nova exposição, a primeira resultante do plano de requalificação do núcleo histórico da instituição.
Planos preveem novas exposições e espaços ao ar livre
Outras atrações já estão em gestação, incluindo novas exposições para o Castelo da Fiocruz e para o Pombal, espaço que abrigava pequenas cobaias nos primeiros anos de atividades da instituição que deu origem à Fiocruz. A Praça Pasteur, importante área de convívio do campus, também passará por uma intervenção para oferecer uma nova experiência ao ar livre aos visitantes.
Chefe do Museu da Vida Fiocruz, Héliton Barros afirma que a associação do nome da Fundação ao do museu reforça o compromisso da instituição com a divulgação científica. “O Museu da Vida Fiocruz é o espaço de interação entre a Fiocruz e a sociedade, é a frente de divulgação e popularização da ciência da instituição. A inclusão do nome da Fiocruz na nova marca é um reconhecimento ao trabalho que o museu vem realizando ao longo de mais de duas décadas de existência”, diz.
Publicado em 02 de março de 2023.