Informativo do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida
Ano XIX - nº. 276. RJ, 7 de junho de 2021.
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Neste informe:
Destaque
1. A cobertura de jornais sobre vacinas de Covid-19
Leituras
2. Divulgação da ciência voltada à comunidade
3. Guia para engajar na ciência com arte
4. A educação museal por diferentes olhares
Ações
5. ABC e SBPC apoiam vídeos sobre coronavírus
Eventos
6. Mesa-redonda debate negacionismo
7. Conferência Future of SciComm com inscrições gratuitas
8. Conferência da ASTC recebe propostas
Oportunidades
9. Vaga de professor-pesquisador
10. Treinamento para jornalistas
11. Chamada para publicação
Destaque
1. A cobertura de jornais sobre vacinas de Covid-19 – O desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 mobilizou instituições de pesquisa e indústria farmacêutica a partir de 2020, num empreendimento sem precedentes, que tem sido acompanhado de perto pela mídia internacional. A cobertura do tema foi examinada no artigo “Communicating the ‘race’ for the COVID-19 vaccine: an exploratory study in newspapers in the United States, the United Kingdom, and Brazil”, publicado em 30 de abril na Frontiers in Communication. Os autores realizaram análise de conteúdo de textos do The New York Times (178 matérias), do The Guardian (199) e da Folha de S.Paulo (339) entre janeiro e outubro de 2020. Dentre diversos aspectos, eles observaram que, enquanto em janeiro e fevereiro os textos se concentraram nas editorias de saúde ou ciência, a partir de março eles apareceram em seções variadas, como política, economia, opinião, sociedade e internacional. Os autores identificaram, ainda, que o nome do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece na lista de palavras mais citadas dos jornais americano e inglês. Já o nome do presidente Jair Bolsonaro foi o termo de maior relevância na cobertura da Folha, que citou também com frequência o governador de São Paulo, João Dória, e o então ministro Eduardo Pazuello. Os autores ressaltam que a presença desses nomes na cobertura não está ligada somente à escolha de fontes, mas à repercussão das discussões sobre a obrigatoriedade da vacinação e a origem da vacina produzida pelo Butantan. E acrescentam que a responsabilidade da mídia vai além de informar corretamente: é preciso cuidado para não criar estigmas quanto às vacinas e combater a desinformação. Fica a dica! Acesse em: <https://bit.ly/2RpJlL6>.
Leituras
2. Divulgação da ciência voltada à comunidade – Estudos e iniciativas em diversos campos vêm mostrando a importância do diálogo com comunidades específicas na construção de qualquer relação ciência-sociedade. No entanto, em iniciativas de divulgação científica, as comunidades raramente são o foco principal. Este é o tema discutido no artigo “Reorienting science communication towards communities”, publicado na revista Jcom. Para compreender melhor como as comunidades são consideradas na divulgação científica e defender a mudança de prioridade das atividades do campo, os autores se debruçaram sobre estudos prévios publicados em quatro revistas internacionais. A análise de 37 artigos, dos quais 28 descrevem estudos de programas desenvolvidos com comunidades, apontam três modelos de atuação: boa vizinhança, solução de problemas e negociação. Os autores argumentam que, para ter um impacto mais efetivo e duradouro – por exemplo, promover mudanças de atitudes sobre temas científicos controversos e a participação cidadã na governança da ciência, é fundamental estabelecer uma sintonia mais profunda com as comunidades, dando atenção às normas culturais que reforçam sua identidade. Leia o artigo, em inglês, em: <https://bit.ly/3cqIYaj>.
3. Guia para engajar na ciência com arte – Já não resta dúvida de que a interface ciência e arte tem sido uma abordagem popular na divulgação da ciência, em que diversas linguagens artísticas são exploradas para engajar diferentes públicos na pesquisa científica. Mas o que já se sabe sobre ela? O que funciona e o que não funciona? A partir de diversas experiências envolvendo artistas, cientistas e comunidades, o THIS.Institute acaba de lançar um guia para quem tem interesse em engajar o público na ciência por meio da arte, mas ainda tem dúvida de por que ou como fazê-lo. O material, visualmente rico e recheado de exemplos e depoimentos, cobre seis questões-chave: “o que é engajamento público e por que fazê-lo?,” “Por que usar uma abordagem de engajamento baseada na arte?”, “Escolher a abordagem certa”, “O que afeta o sucesso ou o fracasso?”, “Avaliação do seu projeto” e “Quais são as evidências?”. O guia também enumera elementos básicos que devem permear todos os projetos para aumentar suas chances de sucesso. Entre eles estão a construção de relações baseadas na confiança, o aproveitamento das habilidades de todos os envolvidos e um bom planejamento. O guia está disponível, em inglês, em: <https://bit.ly/34RF7iu>.
4. A educação museal por diferentes olhares – Foi lançado em maio o quinto e último volume da série de livros eletrônicos “Educação Museal: conceitos, história e políticas”, do Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro). Com as temáticas “Educação museal, e cibercultura & Acessibilidade em museus e educação”, o volume (disponível gratuitamente em: https://bit.ly/3uPqEOn) encerra um esforço amplo de difundir conhecimento para formação dos profissionais de educação em museus. Os demais volumes abordam as temáticas “Museologia social, decolonialidade e educação museal & Relações entre museu e sociedade: escolas, comunidades, e a diversificação de públicos” (https://bit.ly/34L9Q0u); “Sistematização da educação museal: planejamento, registro e avaliação de ações educativas museais & Teoria educacional, formação, pesquisa e comunicação na educação museal” (https://bit.ly/2SgrUgn); “Gestão, financiamento e reconhecimento da função educativa dos museus & A questão da profissionalização” (https://bit.ly/3uSM1yk) e “História da educação museal no Brasil & Prática político-pedagógica museal” (https://bit.ly/3vXMWis). Cada obra reúne autores do Brasil, da América Latina e da África, de modo a oferecer olhares e experiências múltiplas.
Ações
5. ABC e SBPC apoiam vídeos sobre coronavírus – Cientistas de vários países vêm contribuindo no combate à desinformação sobre coronavírus, incluindo brasileiros. Uma das iniciativas no Brasil é o “Conhecer para entender”, projeto que divulga conhecimentos sobre coronavírus publicados em revistas científicas por meio de vídeos. Cada vídeo é baseado na análise de artigos recentes, feita por cientistas de todo o país. Lançado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o projeto e a produção dos vídeos são liderados por pesquisadoras do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da UFRJ. A série já conta com nove vídeos e está disponível nos canais da ABC e da SBPC no YouTube. Confira em: <https://bit.ly/2T6ABdc>.
Eventos
6. Mesa-redonda debate negacionismo – Nessa terça-feira, dia 8 de junho, às 18h, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) promove mesa-redonda sobre “Divulgação científica como práticas de resistência em tempos de pandemia e negacionismo”, com Mariluce Moura (Instituto Ciência na Rua e UFBA), Yurij Castelfranchi (UFMG/Amerek) e Ricardo Alexino Ferreira (USP), e moderação de Adriana Omena Santos (UFU/Intercom). A transmissão será feita pela página da Intercom no Facebook (https://www.
7. Conferência Future of SciComm com inscrições gratuitas – A conferência “Future of Science Communication” será realizada virtualmente nos dias 24 e 25 de junho. Coorganizada pela associação alemã Ciência em Diálogo e a Federação Europeia de Academias de Ciências e Humanidades (ALLEA), terá como tema “Divulgação científica e linguagem”. Inscrições gratuitas em: <https://bit.ly/3x1Uxwp>.
8. Conferência da ASTC recebe propostas – O encontro anual da Association of Science and Technology Centers (ASTC), um dos mais importantes da área de museus de ciências, será realizado este ano de forma virtual, entre 5 e 7 de outubro, com o tema “Reflexão, Reconhecimento e Renovação”. As propostas de sessões para a conferência podem ser enviadas até 18 de junho. Informações em: <https://bit.ly/3pBDkrh>.
Oportunidades
9. Vaga de professor-pesquisador – O Departamento de Comunicação da Universidade de Cornell (EUA), onde trabalha Bruce Lewenstein, um dos principais nomes da divulgação científica, está com vaga aberta de professor assistente em comunicação até 15 de agosto de 2021 e previsão de início em julho de 2022. A posição envolve pesquisa e ensino na área. Mais informação em: <https://bit.ly/34Wo12R>.
10. Treinamento para jornalistas – O British Council busca 100 estudantes de jornalismo (de 18 a 25 anos) de qualquer nacionalidade para participar da conferência virtual “Future News Worldwide”, em 14 e 15 de julho, a qual oferecerá treinamento com o tema “Climate, COVID-19 and the rise of disinformation: how journalism can best serve a world in crisis”. As inscrições estão abertas até 8 de junho, em: <https://bit.ly/2TM4QGV>.
11. Chamada para publicação – A revista chilena Cuadernos.info convoca pesquisadores a colaborarem com o dossiê sobre ′′Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia na Ibero-América". As contribuições, que serão recebidas até 30 de setembro, podem abranger resultados de pesquisa, estudos de casos e relatos de experiências. Mais informações em: <http://ojs.uc.cl/index.php/
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