Imagine que experiência incrível: conhecer o Castelo da Fiocruz e ao mesmo tempo visitar uma exposição sobre o “Palácio das Ciências”! Ficou curioso para saber mais sobre o monumento idealizado pelo sanitarista Oswaldo Cruz para ser símbolo da ciência e da saúde pública no Brasil e tirar aquela selfie bacana? Então, vem correndo para o Museu da Vida para conferir a mostra “Castelo de Inspirações”, que conta a história do Castelo e explora os simbolismos e as curiosidades do edifício ícone da ciência brasileira, que completou cem anos em 2018. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a sábado. Para mais informações, clique aqui.
“O fato de a exposição estar abrigada no próprio Castelo da Fiocruz proporciona ao visitante a experiência de conhecer a história do edifício enquanto tem contato real com esse espaço centenário e vivo”, destaca Rita Alcântara, coordenadora executiva e uma das curadoras da exposição. “O público pode contemplar a beleza de seus ornamentos, a arquitetura em estilo neomourisco, os azulejos portugueses e os mosaicos coloridos inspirados em tapeçaria árabe, por exemplo”, completa Rita.
Composta por módulos temáticos sobre arte e ciência, memória e história, matemática e os personagens que se relacionam com o Castelo, a exposição leva o público a uma viagem ao passado, destaca a beleza dos detalhes da construção e coloca em cena as pessoas que fazem com que o edifício continue vivo e dinâmico.
No túnel do tempo, uma viagem à história do Castelo
No início da exposição, há um Túnel do Tempo com um filme que remete à estética do cinema mudo e convida o visitante a percorrer o Rio de Janeiro do início do século 20. Em seguida, no módulo histórico, é possível conferir o encontro de Oswaldo Cruz com o arquiteto Luiz Moraes Júnior, responsável pelo projeto do Castelo, e o processo de construção do edifício. Para tornar a experiência ainda mais real, itens históricos que pertenceram a Oswaldo Cruz, como o telefone, a chave mestra que o cientista usava para abrir todas as salas do Castelo, o microscópio e a lupa poderão ser vistos de perto.
“A exposição apresenta o que há de peculiar no Castelo, buscando destacar o seu sentido: um local para produção de pesquisas e insumos derivados do campo da medicina experimental, que foi idealizado também como um marco, um monumento, para a ciência brasileira”, revela Bruno Mussa, historiador da COC e curador da exposição.
Um Castelo de encher os olhos
Já os encaixes perfeitos, as repetições geométricas e a riqueza de detalhes fazem o público mergulhar no mundo dos formatos e cores do Castelo, mostrando como a matemática está presente na construção do edifício. Recheada de pequenos desafios, como jogos eletrônicos e interativos, que permitem construir formas geométricas e criar ornamentos inspirados no monumento, a mostra convida o visitante a soltar a imaginação e aprender brincando. Quebra-cabeça, jogo dos sete erros e brincadeiras com o uso de espelhos garantem a diversão.
“A abordagem instiga o visitante a manipular peças que compõem as próprias formas do Castelo, permitindo que conceitos geométricos sejam apresentados”, explica Rogério Fernandes, coordenador executivo e curador da exposição.
O módulo destaca as escolhas estilísticas do prédio para discutir a associação entre arte e ciência, em especial a matemática. “As atividades exploram as ideias de regularidade, repetição, infinito e transformações de simetria para mostrar como a matemática está presente na construção do Castelo”, diz Paulo Henrique Colonese, curador da exposição, acrescentando que o módulo dá continuidade ao Biênio da Matemática (2017-2018), que celebrou a matemática no Brasil.
O Castelo e eu
Na última seção da exposição – O Castelo e eu – a intenção é dar destaque aos personagens que escreverão os próximos 100 anos da história do Castelo: visitantes, trabalhadores que atuam na sua conservação, mediadores, professores, pesquisadores e todas as pessoas que, de alguma forma, se relacionam com ele.
Um painel e um caleidoscópio inspirados nas cores e formas do Castelo, concebido pelo artista Rodney Wilbert, fazem a releitura de uma das torres do edifício. Com muitas luzes, sombras e transparências, o público pode interagir e registrar o momento tirando fotos para postar nas redes sociais.
“Além de convidar o visitante a refletir sobre o que este lugar tem a ver com ele, este módulo mostra os olhares e opiniões do público sobre o Castelo, e como a visita está sendo registrada em sua história centenária”, ressalta Rogério Fernandes, coordenador executivo e curador da mostra.
No espaço, o público confere ainda uma produção audiovisual, concebida pelo editor Lucas Abreu e a jornalista Renata Fontanetto, com depoimentos de pessoas que trabalham no local ou se relacionam com ele no seu dia a dia.
SERVIÇO:
Exposição "Castelo de Inspirações" - Até 1 de junho de 2020.
Local: Sala 307 do Castelo da Fiocruz (Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro)
Dias e horários de visitação:
De terça a sexta, às 9h, 10h30, 13h30 e 15h.
Aos sábados, 10h10, 11h, 11h50, 12h40, 13h30, 14h20 e 15h10.
Idade: livre
GRATUITO
Aos sábados, não é necessário o agendamento.
Para visitas de terça a sexta, grupos acima de dez pessoas devem agendar pelo telefone (21) 3865-2138, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo formulário on-line disponível em www.museudavida.fiocruz.br/agende. Grupos menores e visitantes individuais não precisam agendar e serão encaixados em grupos maiores, conforme os horários de visitação acima.
Para iniciar a visita, por favor, dirija-se ao Centro de Recepção do Museu (ou Estação do Trenzinho).
Atualizado em 12/03/2020.