A exposição itinerante do Caminhão da Ciência ofereceu várias atrações para o público carioca.
Um museu itinerante que oferece jogos, equipamentos interativos, multimídias, oficinas e diversas outras atividades ao público de cidades da região Sudeste fez uma temporada pertinho do carioca. O projeto Ciência Móvel – Vida e Saúde para Todos estacionou no campus da Fiocruz, em Manguinhos, onde ocupou pela primeira vez a sala de exposições temporárias do Museu da Vida.
Entre os dias 15 e 26 de fevereiro de 2011, o público conferiu atrações como o Girotec - composto por três anéis que giram livremente em todas as direções e simula exercício feitos pelos astronautas -, as mostras Energia e Mini-Darwin, as bancadas de microscopia, modelos de olhos e ilusões de ótica, além da câmera escura. Dentro do caminhão, estacionado ao lado do Parque da Ciência, foram exibidos vídeos científicos.
“É uma das raras montagens do Ciência Móvel completo no município do Rio de Janeiro. Uma oportunidade para o público do museu, a população do entorno e para os próprios trabalhadores da Fiocruz conhecerem melhor o caminhão”, destacou Diego Bevilaqua, físico e sub-coordenador de conteúdo do projeto.
Criado em outubro de 2006, o projeto totalizou em cinco anos um público de 350 mil pessoas. Em 2010, cerca de 70 mil visitantes conheceram as atividades do Caminhão da Ciência. Coordenado pelo Museu da Vida, em parceria com a Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj) e patrocinado pela Sanofi-aventis, o caminhão de 13,5 metros de comprimento tem como objetivo mostrar ao público como a ciência está presente em seu cotidiano.
A obra foi coordenada por Luisa Massarani, pesquisadora do NEDC.
Formas de selecionar fontes alternativas para promover a cultura científica, e considerações sobre o público que consome notícias de ciência são alguns dos temas abordados pelo livro recém-publicado "Jornalismo e ciência: uma perspectiva Ibero-americana".
A obra de 114 páginas foi produzida pela Rede Ibero-Americana de Monitoramento e Capacitação em Jornalismo Científico, criada em 2009, com apoio do Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Cyted), e formada por 10 países da região (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Espanha, Equador, México, Portugal e Venezuela).
Coordenada por Luisa Massarani, pesquisadora do Núcleo de Estudos em Direito Contemporâneo (NEDC), a publicação está dividida em duas partes: na primeira, estão artigos de reflexão escritos por diversos pesquisadores do tema; na segunda, o foco é a prática do jornalismo científico, em que profissionais atuantes na área dão dicas para o cotidiano de um repórter que trabalha na cobertura das ciências.
Clique aqui para baixar gratuitamente o livro, que contém artigos em português e espanhol.
A exposição aborda como Charles Darwin e Alfred Wallace criaram a teoria da evolução.
A exposição “Evolução e Natureza Tropical”, organizada pelo Museu da Vida no contexto do ano internacional da biodiversidade, esteve em cartaz de 11 de dezembro de 2010 a 26 de janeiro de 2011 no Catavento Cultural e Educacional, em São Paulo.
Visite a galeria de imagens da exposição
Num passeio pelos caminhos dos britânicos Charles Darwin e Alfred Wallace, a mostra ressaltou como a natureza dos trópicos inspirou, nos dois cientistas, a elaboração da teoria da evolução por seleção natural. Ambos estiveram no Brasil, no século 19, e ficaram encantados com a biodiversidade que encontraram.
Entre as atrações da exposição estão depoimentos de Darwin e Wallace, modelos de tartarugas e outros animais, instrumentos científicos semelhantes aos usados pelos naturalistas em suas expedições e uma miniatura do navio HMS Beagle, que trouxe Darwin ao Brasil.
O Jardim recebeu em torno de 14 mil visitantes que aprenderam sobre biodiversidade.
Um lugar ornamentado por plantas, protegido por rede e habitado por dezenas dos mais lindos e fascinantes insetos do reino animal. Entre sua inauguração, em agosto de 2010, até o fim de suas atividades, em dezembro daquele ano, o Jardim das Borboletas recebeu cerca de 14 mil visitantes.
Foto: Peter Ilicciev (CCS/Fiocruz)
Numa área de 84 m², o visitante pôde interagir com quatro espécies de borboletas, de diversas cores e tamanhos, em diferentes etapas de seu ciclo de vida, que começa no ovo, passa pelo estágio larval, depois pelo casulo, para só então atingir a fase adulta. Além das borboletas, o espaço abrigava uma série de plantas e flores criteriosamente escolhidas por fornecerem o alimento ideal às espécies do Jardim.
O passeio foi uma ótima oportunidade para os mais curiosos descobrirem a diferença entre borboleta macho e borboleta fêmea, o tempo de vida desses insetos, o que eles comem, o segredo de suas variadas cores, como fazem para escapar dos predadores e as ferramentas de que dispõem para sobreviver no mundo animal.
O Jardim das Borboletas foi mais uma iniciativa da Fiocruz dentro das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade. O objetivo foi despertar o interesse de pessoas de todas as idades sobre a importância e a beleza de nossas riquezas naturais.
Tratou-se de uma parceria entre diversas unidades da Fiocruz - Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Instituto Oswaldo Cruz, Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz, Dirac e Centro de Criação de Animais de Laboratório - com o apoio da Estação das Docas (PA).
O curso foi criado no ano de 2009, e as aulas são realizadas na Fundação Oswaldo Cruz.
Ficaram abertas de 8 de novembro a 10 de fevereiro as inscrições para o curso de pós-graduação lato sensu em Divulgação da Ciência, da Tecnologia e da Saúde, voltado a profissionais de diversas áreas envolvidos na divulgação científica, como museólogos, comunicadores, jornalistas, cientistas, educadores, sociólogos, cenógrafos, produtores culturais, professores de ciências e outros.
O curso, com duração de aproximadamente um ano, tem como objetivo oferecer formação profissional e acadêmica para o desenvolvimento da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde. As aulas, em sua maioria, acontecem no campus da Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, e devem começar em 28 de março. O preço da inscrição é de R$ 50.
Esta foi a terceira turma do curso, iniciado em 2009 como resultado da colaboração entre Museu da Vida / Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz, Casa da Ciência / Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fundação Cecierj e Museu de Astronomia e Ciências Afins, com apoio da Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia da América Latina e do Caribe (Red-Pop), da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência e do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia / Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social / Ministério da Ciência e Tecnologia.
Confira abaixo o calendário completo do processo seletivo e início do curso:
Inscrição: de 8 de novembro de 2010 a 10 de fevereiro de 2011
Entrega/Envio da Documentação: de 3 a 10 de fevereiro de 2011
Resultado da Análise da Carta, do Pré-Projeto e de Currículo: 18 de fevereiro de 2011
Entrevistas: de 23 a 25 de fevereiro de 2011
Resultado Final: 28 de fevereiro de 2011
Matrícula: 1 e 2 de março de 2011
Aula inaugural: 28 de março
Mais informações na página do curso, <www.museudavida.fiocruz.br/lato>, ou pelo telefone (21) 3865-2234.
O concurso, realizado em 2010, premiou os melhores desenhos e fotografias sobre biodiversidade.
Em 2010, celebramos o Ano Internacional da Biodiversidade. O tema tem tudo a ver com o Brasil, um dos países com a maior diversidade biológica do mundo – com apenas outros 16 países, reunimos 70% de todas as espécies animais e vegetais do planeta.
Como parte das comemorações deste ano tão especial, o Museu da Vida, o Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica/RS e o Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com Globinho e Megazine, realizaram um concurso sobre a biodiversidade brasileira.
Foram duas as categorias propostas. A primeira, voltada a artistas de 7 a 12 anos, foi chamada “Animais e plantas na ponta do lápis!”. Nela, concorreram cerca de 1.500 desenhos sobre a biodiversidade de várias regiões brasileiras. Recebemos muito material de primeira qualidade, mostrando que o público jovem, além de contar com verdadeiros talentos, reflete de maneira séria e crítica sobre o tema.
Confira aqui os vencedores da categoria "Animais e plantas na ponta do lápis!".
Na segunda categoria, “A biodiversidade por trás da câmera!”, jovens de 13 a 17 anos participaram com fotografias sobre o tema. Foram cerca de 500 imagens, uma mais linda que a outra. Elas traziam a diversidade presente na vida e na região de seus autores, incluindo animais selvagens e de estimação, plantas curiosas, interação entre insetos e flores, fungos e muito mais.
Confira aqui os vencedores da categoria "A biodiversidade por trás da câmera!".
Em maio de 2010 foram comemorados os 30 anos de erradicação da varíola por meio da vacinação.
Os Contadores de Histórias trouxeram no dia 15 de maio de 2010 uma trama muito curiosa: a história das vacinas! Em maio daquele ano se comemorou os 30 anos de erradicação da varíola, doença muito grave que foi combatida, principalmente, com estratégias de vacinação em todo o mundo.
A partir de diferentes histórias e cordéis, escolhidos especialmente para esta atividade, foi realizado um bate papo com o pediatra Reinaldo Martins, consultor científico de Bio-Manguinhos/Fiocruz.
Nosso convidado falou sobre a história das imunizações, e sobre como, ao longo dos anos, as metodologias para produção de vacinas se ampliaram, os processos de produção se aperfeiçoaram e o número de doenças evitadas cresceu.
Antes e depois das apresentações, livros sobre o tema ficaram disponíveis para consulta na Biblioteca Móvel.
O evento foi realizado às 11h, na Tenda da Ciência do Museu da Vida, na Fiocruz.
Mais informações pelo telefone (21) 2590-6747 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Os vestígios são de uma antiga estrebaria construída nos anos 1930.
Em plena obra de recuperação dos acessos ao Museu da Vida, foram encontrados vestígios da antiga estrebaria de Manguinhos, uma construção da década de 1930 que já havia caído no esquecimento da comunidade local.
Trincheira da obra revela piso da antiga edificação
Os responsáveis pela obra, surpresos com fragmentos de cerâmica e tijolos que encontraram pelo caminho, entraram em contato com o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), da Casa de Oswaldo Cruz (COC).
“Num primeiro momento, não achamos nada muito significativo, mas ficamos atentos”, afirma Inês El-Jaick Andrade, arquiteta do Núcleo de Estudos em Arquitetura e Urbanismo em Saúde do DPH.
No entanto, consultando livros, plantas e documentos antigos do acervo da COC, a arquiteta e seus colegas do DPH descobriram que, no exato local em que as obras estavam sendo realizadas, havia existido um prédio em forma de U, de um pavimento, com duas alas e uma série de baias para guardar cavalos.
A edificação ficava próxima a uma chaminé e outras construções que funcionaram, em 1899, como fornos de incineração de lixo da Prefeitura e, de acordo com pesquisas anteriormente realizadas por Renato Gama-Rosa Costa, foram demolidas na década de 1930.
“Como a chaminé era muito grande, sempre chamou mais a nossa atenção e a da comunidade local e acabou ficando mais registrada na memória coletiva”, comenta Inês, que está à frente das pesquisas relacionadas ao novo sítio.
No dia 18 de março de 2010, novos vestígios foram encontrados pela engenheira Fernanda Beux, do Departamento de Infra-estrutura da COC. Dos escombros da obra, foi retirada uma pia revestida em ágata e uma série de frascos-ampolas ainda com líquido no seu interior. Com o movimento de terra, também foi possível identificar alguns pilares da edificação.
Planta da antiga estrebaria (Acervo da COC)
A obra foi, então, paralisada e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) contatado. As orientações foram: recolher o máximo de artefatos possíveis, coletar uma porção significativa da terra e retirar uma amostra do concreto dos pilares da edificação, encaminhar todo o material para análise e tapar os buracos.
“O mais importante naquele momento era proteger o local para preservá-lo”, ressalta a pesquisadora.
Dias depois, sem ter conhecimento do sítio arqueológico recém-encontrado, a Diretoria de Administração do Campus (Dirac) autorizou o início de uma outra obra, desta vez para a modernização da fiação telefônica do Museu. Quando Ubiratan Pimenta, da Seção de Operações Técnicas do Museu da Vida, que havia acompanhado todos os acontecimentos anteriores, viu os funcionários abrindo um novo buraco no local, entrou imediatamente em contato com o DPH.
Ao interceptar a obra já em andamento, membros do departamento encontraram novos e significativos vestígios da antiga construção. O que mais chamou a atenção foram os pedaços do piso da antiga estrebaria, bastante similar ao da Cavalariça, projetada pelo engenheiro e arquiteto português Luiz Moraes Júnior, e que também eram semelhantes aos revestimentos dos primeiros prédios do Instituto Soroterápico Federal – o embrião da Fiocruz.
Frascos-ampolas encontrados nas obras
Após essa série de acontecimentos fortuitos e dos levantamentos preliminares, um dos objetivos foi confirmar se o projeto da antiga estrebaria é de autoria de Luiz Moraes Júnior, para entender o contexto em que a edificação foi construída e demolida. Estima-se que o prédio tenha sido colocado abaixo no início dos anos 1980, período em que o campus da Fiocruz passava por um processo de modernização.
Um primeiro passo nessa direção foi tentar identificar o conteúdo dos frascos encontrados, que foram encaminhados ao Departamento de Química do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para análise.
“Todas essas descobertas foram muito importantes. Por causa delas, estamos conhecendo melhor a Fiocruz e a sua história”, comemora Inês.