Instrumento óptico para nivelamento topográfico
Material: metal ou vidro
Fabricante: Keuffel & Esser
Local: Nova York (Estados Unidos)
Dimensões: 17,5 cm x 28 cm x 12 cm
O instrumento óptico, constituído por uma luneta associada a um outro objeto chamado prumo de precisão em posição horizontal, foi desenvolvido para realizar a medição de desníveis entre dois ou mais pontos de uma região com alturas diferentes. O nível óptico é um instrumento muito utilizado em algumas áreas do conhecimento, como a topografia! Quer entender o que essa área estuda? Acesse o site do Museu de Astronomia e Ciências Afins e leia mais.
O nível topográfico, como ele também é conhecido, é um instrumento mais simples que o teodolito, um outro objeto utilizado para medir ângulos, tanto horizontais quanto verticais, em medidas de distâncias. O fabricante deste nível óptico, a companhia Keuffel & Esser, foi bastante popular no Brasil para o fornecimento de instrumentos de engenharia. Fundada em 1867 em Nova York, pelos imigrantes alemães Willian Keuffel (1838-1908) e Herman Esser (1845-1908), a empresa começou suas funções com a venda de materiais de desenho e instrumentos matemáticos e topográficos.
No final da década de 1880, a empresa ampliou sua atuação e passou a importar e distribuir artefatos fabricados na Inglaterra, Suíça e Alemanha para países da América Latina. Este fornecedor tinha uma gama de produtos em seus catálogos, entre eles aparelhos científicos, máquinas industriais e aparatos militares. A empresa atuou no ramo até a década de 1970, quando calculadoras e sistemas informatizados de medição e levantamento topográfico passaram a fazer frente ao mercado.
Os níveis topográficos ainda são muito utilizados. Porém os equipamentos atuais são eletrônicos e dispensam as anotações em cadernetas de campo. Além de oferecerem informações mais precisas, os dados coletados já são gerados em arquivos digitais o que agiliza a análise e a elaboração do projeto de engenharia.
Entre as décadas de 1940 e 1960, instrumentos como o nível óptico foram utilizados no Brasil por profissionais de engenharia sanitária, sobretudo na execução de obras de drenagem e assentamento de redes de esgoto nas regiões Norte e Nordeste do país. A atuação do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), em 1942, exemplifica a associação entre as ações preventivas, de assistência médica e de saneamento básico.
Esse serviço, ligado ao então Ministério da Educação e Saúde do país, concentrou suas ações no saneamento do vale do Amazonas, na profilaxia da malária, na construção de escolas de enfermagem e centros de saúde, na formação de profissionais de saúde e engenheiros sanitaristas, além da criação de sistemas de água e esgoto.
Para saber mais:
Guide to de Keuffel & Esser Company Papers, 1800-1990s. Disponível em: http://www.jerseyhistory.org/findingaiddirnb.php?dir=EAD/faid2000&aid=mg1639#a1
FONSECA, Cristina M. Oliveira. Interlúdio: as campanhas sanitárias e o Ministério da Saúde (1953-1990). In: BENCHIMOL, Jaime L. Febre Amarela: a doença e a vacina, uma história inacabada. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Casa de Oswaldo Cruz. Fontes para história da Fundação Serviços de Saúde Pública. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008.
Fundo Fundação Serviços de Saúde Pública – Departamento de Arquivo e Documentação – Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz