O final do mês de junho e a primeira semana de julho de 2022 foram marcados por muita ciência, arte e teatro! Tudo por conta da passagem do projeto Ciência em Cena, do Museu da Vida Fiocruz, nas escolas do território de Manguinhos. Entre 27 e 30 de junho, o espetáculo 'O rapaz da rabeca e a moça Rebeca' percorreu instituições da rede estadual de ensino. Já os alunos do município puderam assistir à esquete teatral 'É o fim da picada!’ entre 4 e 6 de julho.
O primeiro espetáculo, 'O rapaz da rabeca e a moça Rebeca', foi encenado na segunda-feira (27/6) no Colégio Estadual Compositor Luiz Carlos da Vila. Já, na terça-feira (28/6), foram os alunos do Colégio Estadual Professor Clóvis Monteiro que receberem a apresentação. Fechando a semana, na quinta-feira (30/6) foi a vez da Educação de Jovens e Adultos de Manguinhos (EJA-Manguinhos), do Pré-vestibular Construção e dos estudantes da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio.
A peça, que é inspirada na história 'O rapaz da rabeca e a moça da camisinha', do cordelista cearense José Mapurunga, conta a história de dois jovens que vivem na distante Cantiguba-dos-Aflitos. Apesar de terem nascido em contextos sociais diferentes, eles se apaixonam. O casal quer viver esse amor, mas, além da oposição das famílias, acontecimentos inesperados surgem ao longo do caminho.
Com muita música, dança e humor, o espetáculo, que foi planejado em parceria com o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), levou um importante debate sobre prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) às escolas. A discussão extrapolou o palco e, ao final das apresentações, o elenco respondeu a dúvidas dos alunos acerca de sexo, HIV/Aids e outras ISTs. A peça 'O rapaz da rabeca e a moça Rebeca' foi acompanhada da exposição itinerante 'Manguinhos: Território em Transe', possibilitando reflexões sobre a cultura e a história desta região.
Aedes aegypti em cena
Outro tema igualmente relevante, as arboviroses, foi o destaque da itinerância da primeira semana de julho. Alunos de escolas municipais do Rio de Janeiro assistiram à apresentação da esquete teatral 'É o fim da picada!’, cujo foco foi o Aedes aegypti. As doenças virais transmitidas por esse mosquito, especialmente dengue, zika e chikungunya, também ganham protagonismo no espetáculo.
Na segunda-feira (4/7), a peça foi apresentada na Escola Municipal Oswaldo Cruz. Já, na terça-feira (5/7), o espetáculo foi à Escola Municipal Ruy Barbosa. A última rodada de apresentações foi na quarta-feira (6/7) para os visitantes do Museu da Vida Fiocruz. Nas escolas municipais, a apresentação da peça ‘É o fim da picada!’ foi acompanhada pela exposição itinerante ‘Nós do Mundo’, que aborda, entre outros temas, mudanças climáticas, desigualdades sociais e degradação do meio ambiente.
Por meio de um projeto viabilizado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro (ISS), foram produzidas peças gráficas de divulgação do espetáculo ‘É o fim da picada!’. A mesma parceria tem possibilitado a criação de cards com temas relacionados à peça 'O rapaz da rabeca e a moça Rebeca'. O material vai ser disponibilizado em breve aos professores da rede estadual de ensino e tem por objetivo auxiliar os profissionais de educação na abordagem de questões relacionadas à sexualidade, ao HIV/Aids e outras ISTs em sala de aula.
Fotos: Eduardo Santos, Clarice Ramiro e João Laet
Publicado em 11 de julho de 2022.