Interativa e com recursos inclusivos, mostra sediada em prédio histórico será lançada dia 19 de maio, no campus sede da instituição, em Manguinhos
O simbólico prédio da Cavalariça, que acolheu a nascente produção de soros contra doenças que afligiam o Brasil no início do século 20, reabre as portas dia 19 de maio, às 9h, com uma exposição que busca expandir o olhar do visitante sobre a saúde. Lançada pelo Museu da Vida Fiocruz, no campus sede da instituição, em Manguinhos, zona norte do Rio, 'Vida e saúde: relações (in)visíveis' apresenta o tema em sua complexidade,com recursos interativos e de acessibilidade, compartilhando a produção do conhecimento em diferentes áreas.
Na histórica edificação ao estilo das estrebarias inglesas, com gradis de inspiração art nouveau, tijolos de Marselha e um pé direito de até 10 metros no salão das cocheiras, onde originalmente se acomodavam cavalos usados na fabricação de soro contra diversas doenças, 14 módulos convidam o público a conhecer o conceito de saúde em suas diferentes escalas, da microbiologia à saúde como fenômeno social.
A exposição integra as atividades de reabertura do campus da Fiocruz ao público externo, fechado à visitação durante cerca de dois anos. Durante esse período, a instituição focou nas ações de enfrentamento à pandemia, como a produção de vacinas contra a Covid-19, e o Museu da Vida Fiocruz realizou atividades de forma remota.
“Por meio desta mostra, a Fiocruz volta a receber visitas presenciais depois de dois anos. Pesquisadores de muitas unidades da Fiocruz dedicaram-se a essa exposição, para dar conta dessa saúde ampliada e sua relação íntima com a vida das pessoas, nesse espaço de Manguinhos que cada vez mais se oferece como um campus-parque. São muitos movimentos de expansão – temporal, espacial, temática – que simbolizam o desejo de retomada e o projeto de uma ciência aberta ao público”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
Para receber 'Vida e saúde: relações (in)visíveis', a Cavalariça, construída entre 1904 e 1905 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981, passou por uma série de intervenções. O edifício foi restaurado e ganhou novos sistemas de climatização e de detecção de incêndio e câmeras de vigilância, além de engenharia de segurança para acesso à cobertura.
Em foco, temas atuais, como a ação do homem e a saúde dos ecossistemas
A mostra aborda o tema considerando o conceito ampliado de saúde, segundo o qual, para além do campo biológico, saúde é resultado de relações históricas, sociais, políticas, culturais e econômicas. Portanto, o visitante vai encontrar questões atuais candentes, como a interferência das atividades humanas na saúde dos ecossistemas e a importância das políticas públicas do setor.
'Vida e saúde: relações (in)visíveis' resulta de processo de escuta dos visitantes do Museu da Vida Fiocruz e contou com a parceria de pesquisadores muitas unidades técnico-científicas da Fiocruz, como a Casa de Oswaldo Cruz, o Instituto Oswaldo Cruz, a Escola Nacional de Saúde Pública e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Por isso, é também uma oportunidade para se conhecer mais sobre o trabalho da instituição, das primeiras conquistas aos avanços mais recentes.
Concebida para ser acessível a todos, 'Vida e saúde: relações (in)visíveis' possui textos em braile, audiodescrição, vídeos em libras, além de outros recursos de tecnologia assistiva. Todos os módulos e os mobiliários foram concebidos para que cadeirantes tenham pleno acesso às experiências interativas. Com linguagem simples e direta, a exposição possui textos em português, espanhol e inglês.
Lançamento é uma das ações do Plano de Requalificação do Núcleo Histórico
'Vida e saúde: relações (in)visíveis' marca a primeira entrega à sociedade do Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (Nahm). A iniciativa prevê intervenções e novos usos para os primeiros edifícios da instituição - concebidos por Oswaldo Cruz, projetados no estilo eclético pelo engenheiro português Luiz Moraes Jr. e erguidos entre 1904 e 1922 – e amplia a integração entre o conjunto arquitetônico centenário e o circuito de visitação do Museu da Vida Fiocruz, mirando na consolidação de Manguinhos como um campus-parque, aberto ao público.
Com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como principal parceiro da primeira de suas quatro fases, o plano representa o empenho da instituição em ampliar o diálogo com a população e a cidade, por meio da expansão de suas atividades socioculturais, de divulgação científica e de educação em ciências, tecnologia e saúde. Ele valoriza, particularmente, o patrimônio arquitetônico da Fiocruz e as ações de divulgação científica, representadas, especialmente, pelo Museu da Vida Fiocruz, que acaba de ganhar uma nova marca.
Além do apoio financeiro do BNDES, a exposição 'Vida e Saúde: relações (in)visíveis' conta com patrocínio de Enauta Energia, Bayer, Halliburton, Aché, Abbott, E. Tamussino & Cia, Technip FMC, JSL e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com Gestão Cultural da SPCOC e realização do Museu da Vida Fiocruz, Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal, através das leis de incentivo à Cultura Federal e Municipal.
Serviço:
Lançamento da exposição Vida e Saúde: relações (in)visíveis
Data e hora: 19 de maio, às 9h (somente para convidados)
Local: prédio da Cavalariça no campus Manguinhos da Fiocruz (Avenida Brasil, 4635 - Rio de Janeiro)
Visitas posteriores ao dia da inauguração poderão ser realizadas mediante agendamento, por meio do endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Fotos: Jeferson Mendonça e Cristiane Teixeira
Publicado em 12 de maio de 2022.