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Informativo do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica/Museu da Vida - Ano XVIII, n. 251, RJ, 8 de maio de 2019

Neste informe:

1. Mais empatia, por favor!
2. Cocriação: o que falta para acontecer na prática?
3. Uma ferramenta subaproveitada por museus de ciência
4. Ciência e sociedade em debate
5. Museu da Vida comemora 20 anos com programação especial
6. Alimentação e sustentabilidade em exposição
7. Para quem tem sede de ciência
8. Enquete para conhecer mediadores de museus de ciência
9. Apoio para pesquisas no Museu do Amanhã
10. Segunda edição do Camp Serrapilheira
11. Vagas para atuação em divulgação científica

1. Mais empatia, por favor! – É compreensível que a maioria daqueles que têm algum respeito pela ciência fique impaciente com a disseminação de “teorias” estapafúrdias como a da Terra plana ou se irrite com o movimento antivacina. Não é para menos. O nível de atenção que esses assuntos estão ganhando e os impactos negativos disso – sobretudo no caso dos antivacinas – são de fato revoltantes. Mas reagir de forma agressiva e presunçosa parece não estar surtindo qualquer efeito positivo – pelo contrário. Em artigo de opinião sobre o tema publicado no jornal britânico The Guardian, o jornalista de ciência Elfy Scott critica esse comportamento no meio da divulgação científica, clamando por mais empatia. Para Scott, mais vale buscar compreender por que essas falácias anticientíficas vêm se espalhando do que ficar tentando simplesmente desmenti-las. No texto, ele ressalta que a pseudociência e as teorias da conspiração estão, em geral, relacionadas a medo, confusão e desempoderamento. Fica a dica para os divulgadores abertos ao diálogo. Leia a íntegra do texto, em inglês, em: https://bit.ly/2UfywLW.

2. Cocriação: o que falta para acontecer na prática? – Espaços onde a sociedade possa colaborar e tomar decisões sobre assuntos relacionados à C&T são amplamente entendidos como necessários. Em projetos de divulgação científica, o termo “engajamento público” é o mais usado para indicar envolvimento e participação pública. Na prática, porém, essas iniciativas geralmente adotam modelos de conferências de consenso, com discussões e levantamento de opiniões dos participantes. E a construção e deliberação em conjunto? Ainda são poucos os exemplos em que esses processos ocorrem, como aponta o relatório “Co-design for Society in Innovation and Science” da University College London (UCL), do Reino Unido. O documento foi desenvolvido com o objetivo de organizar conhecimentos sobre cocriação e auxiliar o desenvolvimento de futuras iniciativas. Para tanto, os pesquisadores da UCL analisaram políticas de participação pública implementadas de 1995 a 2018 pela União Europeia e 48 projetos apoiados pela Comissão Europeia que previam ações de envolvimento público. O relatório contém resultados e análises, lições aprendidas e desafios enfrentados pelos projetos que fornecem informações sobre como a cocriação é atualmente conceituada e introduzida em diferentes contextos. Os pesquisadores encerram a publicação com cinco lições que acreditam ser a chave do sucesso para a cocriação. Acesse o documento completo, em inglês, em: http://bit.do/eRRAw.

3. Uma ferramenta subaproveitada por museus de ciência – Na era das redes sociais, muitos museus já aderiram ao Instagram, aplicativo gratuito de compartilhamento de imagens e vídeos. Mas mesmo administrando contas nessa rede social, museus e centros de ciência têm perdido a oportunidade de utilizá-la para promover educação, divulgação científica, engajamento público e visibilidade para seus cientistas. É o que afirma o estudo “Instagram and the science museum: a missed opportunity for public engagement”, publicado em abril na revista Journal of Science Communication. Os autores realizaram uma análise de conteúdo de 1.073 posts – coletados de 108 contas diferentes – de museus e centros de ciência norte-americanos no Instagram e verificaram que as instituições estudadas vêm usando essa rede social como um ferramenta de transmissão de informações promocionais, com foco nos resultados finais das coleções e trabalho de curadoria, em detrimento da comunicação das descobertas lideradas pelos museus e da ciência como um processo. Os resultados reforçam estudos anteriores que apontam que os museus têm usado as ferramentas das redes sociais, principalmente, para comunicações tradicionais de promoção de suas atividades e exibições. Os autores destacam que “se os museus incluídos na análise estão realmente focados no engajamento público, isso certamente não está refletido em seus posts no Instagram”. Leia o artigo na íntegra, em inglês, em: https://bit.ly/2Jms670.

4. Ciência e sociedade em debate – O Departamento de Comunicação Institucional e de Imprensa da Universidade Nacional de Quilmes (Argentina) acaba de lançar a coleção “Ciência e Sociedade em debate”. Desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, a coleção possui quatro cadernos de divulgação sobre os temas resíduos, oncologia, vírus e nanotecnologia. Cada caderno reúne conhecimentos e estratégias para informar e estimular a reflexão sobre os temas abordados por meio de uma linguagem clara e instigante. Um diferencial da coleção, desenvolvida especialmente para estudantes e professores, é abordar estudos ligados aos problemas locais de Quilmes, província de Buenos Aires. “Ciência e Sociedade em debate” é inspirada na cartilha “Transgênicos em Debate”, publicada em 2007 como parte de projeto de pesquisa realizada pelas instituições Fiocruz e Universidade de Calgary (Canadá) com o apoio do International Development Research Centre (IDRC). Os cadernos da coleção “Ciência e Sociedade em debate” estão disponíveis gratuitamente, em espanhol, em: http://bit.do/eRRBW.

5. Museu da Vida comemora 20 anos com programação especial – Em maio de 2019, o Museu da Vida celebra seu aniversário de 20 anos! Nessas duas décadas dedicadas a aproximar ciência e sociedade, merecem destaque especial as peças teatrais, oferecidas desde o início da trajetória do museu. Por isso, a parceria entre ciência e teatro será o grande mote da comemoração especial que será realizada nos dias 24 e 25 de maio. Na sexta-feira, haverá encenação da peça “O Rapaz da Rabeca e a moça Rebeca” às 13:30h na Tenda da Ciência. Às 14:50h, a mesa-redonda “Trajetória do Ciência em Cena” reunirá atores-chave na história do teatro no Museu – Gustavo Ottoni, Wanda Hamilton e Letícia Guimarães –, além das pesquisadoras Carla Almeida e Thelma Lopes, organizadoras do livro Ciência em cena: teatro no Museu da Vida, que será lançado ao final do evento. Já no sábado haverá edição especial do tradicional Piquenique Científico, com encenação de diversas peças teatrais. Toda a programação é gratuita e aberta ao público. O Museu da Vida fica na Av. Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro. Saiba mais em: https://bit.ly/2H8C2zy.

6. Alimentação e sustentabilidade em exposição – A forma como produzimos, processamos, distribuímos e consumimos os alimentos vem causando sérios problemas à saúde humana e ao mundo – degradação de ecossistemas, desnutrição, escassez de água, fome, obesidade e mudanças climáticas são só alguns exemplos. Como será em 2050, quando a Terra alcançar a marca de quase 10 bilhões de pessoas? A exposição “Prato do mundo – comida para 10 bilhões”, em cartaz no Museu do Amanhã, está de olho nesta questão. Inaugurada em 12 de abril, “Prato do mundo” espera levar o público a conhecer e a refletir sobre possíveis soluções para lidar com complexos desafios em um futuro próximo. Cultura do comer, novas fronteiras agrícolas, tecnologia, saúde e sociedade e comida para o amanhã são os eixos da exposição distribuída em mais de 600 metros quadrados. Os visitantes poderão acessar interativos; imaginar tetos verdes e fazendas verticais; saber mais sobre a produção de alimentos em desertos; descobrir alternativas alimentares baratas e nutritivas, como uma bela porção de insetos. Deu água na boca? “Prato do mundo – comida para 10 bilhões” fica em cartaz até 15 de outubro, de terça a domingo, das 10h às 17h, na Sala de Exposições Temporárias do Museu do Amanhã. De quarta a domingo a entrada custa R$20,00 (inteira). Terça a entrada é gratuita! Mais informações em: http://bit.do/eRR6r. Verifique as regras para meia-entrada e gratuidade em: http://bit.do/eRRW2

7. Para quem tem sede de ciência – Está chegando aquela época do ano em que o pessoal sai do trabalho e vai para os bares da cidade bater um papo animado com cientistas das mais variadas áreas: de 20 a 22 de maio, acontece o festival internacional Pint of Science. Em sua 4ª edição no Brasil, pode-se dizer que o evento caiu no gosto dos brasileiros: dessa vez, ele será realizado em 87 cidades, um recorde no Brasil e também entre os 24 países que participam do evento esse ano – em segundo lugar, está a Espanha, com 72 cidades participantes. O objetivo do Pint of Science é derrubar intermediários entre cientistas e sociedade, estabelecendo um canal direto de conversa num local descontraído. Os temas continuam variados: vacinação, mudanças climáticas, vida em marte, esporte, conflitos armados, Fake News, mulheres na ciência... a lista é extensa! A entrada nos estabelecimentos que abrigam o festival é gratuita, os cliente pagam apenas o que consumirem. Para conferir a programação completa da sua cidade, com os bares, temas e horários, acesse o site: https://pintofscience.com.br/

8. Enquete para conhecer mediadores de museus de ciência – Está disponível o formulário para responder à enquete lançada pela Rede de Museus e Centros de Ciência Ibero-Americanos (Musa) com o intuito de conhecer os mediadores de museus e centros de ciência da região. Para participar, a Musa convida todos os profissionais que trabalham como mediadores, monitores, guias e educadores em espaços como centros de ciência interativos, museus de ciência/tecnologia, aquários, jardins botânicos, parques/reservas ambientais, museus de história, museus de história natural, museus de antropologia, planetários e zoológicos, localizados na região da América Ibérica. A enquete inclui perguntas sobre os profissionais, os espaços em que trabalham e suas opiniões sobre alguns temas de ciência. Há versões em português (https://forms.gle/VKnQW527N3otYoxbA) e espanhol (https://forms.gle/SRQZKGce5VqdTBMc8). Mais informações pelo e-mail: <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>.  

9. Apoio para pesquisas no Museu do Amanhã – Pesquisadoras e pesquisadores que não residam no Rio de Janeiro e estejam interessados em desenvolver pesquisas e estudos acadêmicos relacionados ao Museu do Amanhã têm até 20 de maio para se candidatar ao Programa Amanhã em Pesquisa. A chamada vai selecionar projetos que devem ser realizados entre junho e novembro de 2019. Para isso, os proponentes receberão passagens aéreas (ou terrestres) para o Rio de Janeiro e auxílio de estadia (diária de R$320) com duração máxima de três semanas. Para se candidatar, os pesquisadores devem preencher formulário online (disponível em: https://bit.ly/2J6UmLt) e anexar link para currículo Lattes atualizado, carta de interesse (em formato PDF, com no máximo uma página), resumo do projeto de pesquisa e o plano de trabalho relativo aos levantamentos/estudos que pretende desenvolver durante sua estada no Museu do Amanhã (em formato PDF, com no máximo 6 páginas). O processo de seleção usará como critérios a experiência de pesquisa do/a pesquisador/a e/ou do/a orientador/a; a consistência do projeto de pesquisa; conexão clara entre o plano de trabalho a ser realizado no museu e o projeto de pesquisa; além da diversidade de temas, de gênero e de distribuição geográfica. Saiba mais: https://bit.ly/2YkCXTj.  

10. Segunda edição do Camp Serrapilheira – Ei, você que estava guardando aquela ideia brilhante para um projeto de divulgação científica, chegou a hora! Estão abertas até 7 de junho as inscrições para o Camp Serrapilheira 2019. O objetivo é mapear e apoiar novas formas de divulgação científica no Brasil. Em sua segunda edição, o Camp funcionará da mesma maneira que em 2018. São duas fases: a primeira consiste em uma pré-seleção, com chamada pública para participação no evento, que acontecerá em setembro; na segunda, ocorre a seleção final de projetos a serem apoiados. Só participa desta etapa as iniciativas pré-selecionadas na primeira fase das edições de 2018 e 2019 – ou seja, aquelas que participaram do evento do ano passado também estão convidadas. Mas nenhuma das organizações contempladas com apoio financeiro na edição de 2018 poderá concorrer este ano. Para fazer a inscrição, é preciso se cadastrar no site do Instituto Serrapilheira, promotor da iniciativa, e preencher um formulário. Confira o passo a passo em: https://serrapilheira.org/chamada-publica-camp-2019.

11. Vagas para atuação em divulgação científica – Estão abertas até 24 de maio as inscrições para a seleção de bolsistas da Fundação Cecierj destinados a atividades de divulgação científica. São oferecidas cinco vagas de início imediato para o projeto Cineclube Cederj, além de cadastro reserva de bolsas de incentivo à docência para os projetos da Caravana da Ciência e Praça da Ciência Itinerante. O processo seletivo inclui inscrição (com pagamento de taxa de R$ 20) e envio de documentos; prova objetiva; avaliação curricular com comprovação de documentos; e entrevista. As vagas para o projeto Cineclube têm remuneração de R$ 550 com carga horária de 20h semanais. As vagas para o projeto Praça da Ciência Itinerante ou Caravana da Ciência (cadastro de reserva) preveem remuneração de R$ 776 a R$1.712, variando segundo carga horária (de 20h a 40h semanais) e modalidade de bolsa. A bolsa terá duração de 12 meses, podendo ser renovada por até quatro vezes, dependendo da necessidade da Fundação Cecierj e da avaliação de desempenho do bolsista. Para detalhes sobre as atribuições das vagas e o processo seletivo, acesse o edital em: https://bit.ly/2H6inyQ.

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Ciência & Sociedade é o informativo eletrônico do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz). Editores de Ciência & Sociedade: Marina Ramalho e Carla Almeida. Redatores: Luís Amorim e Rosicler Neves. Projeto gráfico: Luis Cláudio Calvert. Informações, sugestões, comentários, críticas etc. são bem-vindos pelo endereço eletrônico <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Se você não quer mais receber Ciência & Sociedade, envie um e-mail para <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>.

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