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Instrumento medidor de tensão arterial
Material: metal, vidro, papel, tecido, couro e borracha
Autor: Michel Victor Pachon
Fabricante: G. Boulitte (França)
Dimensões: 19,5 x 25,5 x 10,0 cm

O oscilômetro é um instrumento que mede flutuações da pressão do sangue nas artérias. Composto por um tambor metálico, tubos de borracha ligadas a uma abraçadeira e um manguito – pulsador de ar – foi um dos primeiros instrumentos capazes de realizar a leitura das oscilações mínimas e máximas da pressão arterial sem o uso do estetoscópio.

Ao pressionar o manguito, as oscilações nas artérias são transferidas através dos tubos de borracha para o tambor metálico, que amplifica esta frequência possibilitando a leitura das mudanças na pressão sanguínea.

Este equipamento foi fabricado pela renomada manufatura de instrumentos médicos G. Boulitte por volta de 1910, após ser projetado um ano antes pelo fisiologista francês, professor da Faculdade de Bordeaux, Michel Victor Pachon (1867-1938).

Os limites mínimos e máximos da pressão arterial são referentes às pressões dos movimentos de sístole – contração – e diástole – relaxamento – do coração. Estes limites representam a força com que o sangue flui, a partir do coração, nas artérias e a força em que o músculo relaxa e é novamente preenchido com sangue. A pressão sistólica é conhecida na medicina desde o início do século XIX, no entanto, a pressão diastólica passou a ser conhecida somente a partir do trabalho de Pachon.

O oscilômetro de Pachon é capaz de ler a amplitude de oscilação na pressão arterial e determinar sua pulsação. A escala utilizada pelo aparelho é marcada em centímetros de mercúrio, o que era considerado bastante preciso nas primeiras décadas do século passado.

Os primeiros aparelhos de pressão utilizando o método oscilométrico chegaram ao Brasil por volta de 1920. Distribuídos pela casa Lutz Ferrando, que importava instrumentos médicos da Europa, o oscilômetro de Pachon passou a ser muito utilizado pelos médicos e ajudou a popularizar a medição da pressão arterial nas cidades brasileiras.

Este aparelho auxiliou o desenvolvimento de campos da medicina como a cirurgia e anestesia. O oscilômetro de Pachon permitia maior controle dos batimentos cardíacos do paciente, pela sensibilidade nas leituras da pressão arterial, impossíveis de serem observadas somente pelo método auscultatório.

Com o passar dos anos, este instrumento passou por diversas modificações em seu formato e na capacidade de precisão das medições. Na década de 1920, o manguito foi modificado pelo cardiologista Louis Gallavardin (1875-1957), que incorporou bexigas de borracha para fornecer leituras mais precisas do que as permitidas pelo projeto de Pachon.

Para Saber Mais:

Michel Bruneau & Cie. Catálogue ilustre d’instruments de chirurgie. Paris: Ploton & Chave, 1913. Disponível em:
http://www.bium.univ-paris5.fr/histmed/medica/cote?extaphpin001


Publicado em 02/02/2015

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