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Máscara inaladora de clorofórmio
Material: metal
Autor: Théodore Tuffier
Dimensões: 14,0 x 9,0 x 8,0 cm

Esta máscara adaptável aos contornos anatômicos da face foi concebida no início do século XX para ministrar anestésicos em pacientes através da inalação. Possui uma saída expiratória e, no seu topo, uma válvula de acesso em que era colocado um pedaço de algodão embebido com a substância anestésica.

O clorofórmio foi um dos entorpecentes mais utilizados por via inalatória. Após ter sido usado pela primeira vez, em 1847, pelo obstetra escocês James Young Simpson (1811-1870) como anestésico cirúrgico, seu uso passou a ser indicado para que os partos fossem menos doloroso para as mulheres.

O uso do clorofórmio era recomendável por se tratar de uma substância bastante volátil e menos inflamável que o éter. O clorofórmio era capaz de diminuir o calor da pele em poucos minutos, tornando os nervos sensitivos - que enviam informações para o cérebro - temporariamente inativos e diminuindo, assim, a sensação de dor. Este procedimento representou um importante avanço para a medicina, pois permitiu que procedimentos cirúrgicos durassem mais tempo e que dores e traumas nos pacientes fossem reduzidos. 

Demonstração de máscara inaladora na introdução da anestesia com clorofórmio, pelo anestesista inglês Joseph Clover. O desenvolvimento do campo da anestesia na segunda metade do século XIX, criou uma série de aparelhos, dentre eles as máscaras inaladoras que, com modificações, permaneceram em uso durante muitas décadas. Foto: Divulgação.
A máscara foi desenvolvida pelo médico-cirurgião Théodore Tuffier (1857-1929). O médico foi um dos pioneiros no desenvolvimento da cirurgia cardíaca e pulmonar utilizando a respiração artificial na Faculdade de Medicina de Paris. Mas a contribuição que o tornou conhecido se deu em 1900, quando Tuffier apresentou a raquianestesia – procedimento que limita a anestesia somente aos membros inferiores do paciente e permite que ele permaneça consciente durante a cirurgia.

O uso de máscaras inaladoras permitiu conhecer e controlar doses de substâncias, sendo de grande colaboração para o desenvolvimento da anestesia geral. Após a segunda Guerra Mundial, o clorofórmio foi progressivamente abandonado, pois foi constatado que seus efeitos secundários eram bastante prejudiciais à saúde. Dependendo do tempo e do nível de exposição, seu uso acarretava no desenvolvimento de problemas cardíacos, hepáticos e até cancerígenos.

Para saber mais:
CATALOGUE COLLIN & Cie. Paris, 1925. Disponível em: http://web2.bium.univ-paris5.fr/livanc/?cote=extaphpin017&do=livre Acesso em: dez. 2010.
GIBSON, L. Memoirs Théodore Tuffier (1857-1929). Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1398123/pdf/annsurg00665-0156.pdf Acessado em: abr. 2011.
ZIMMER, Marguerite. Histoire de l’asnethésie: méthodes et techniques au XIXe siècle. Paris: EDP, 2008.

Clique aqui para saber mais sobre a seção Objeto em foco.


Atualizado em 04/02/2015

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