busto de paciente com bócio
Busto em gesso, esculpido
Autor: Antoine François Roume (França – 1911)
Dimensões: 77 cm x 50 cm x 12 cm
O busto representa uma paciente de Carlos Chagas, portadora de bócio (aumento de volume da tireóide). Pertencia originalmente ao Instituto Oswaldo Cruz.
A escultura foi produzida para integrar o pavilhão brasileiro da Exposição Internacional de Higiene, realizada entre maio e outubro de 1911, na cidade alemã de Dresden. A mostra foi um evento importante de divulgação científica que ocupou uma área de 320 mil metros quadrados e recebeu cerca de cinco milhões de pessoas.
Um destaque especial foi concedido à doença de Chagas, descoberta em 1909 e carro-chefe da apresentação brasileira em Dresden. Para Carlos Chagas, um dos sinais clínicos da nova doença era a hipertrofia da tireoide, que acarretava o bócio ou “papo”. Segundo o cientista, o parasita Trypanosoma cruzi provocaria lesões nessa glândula, o que justificaria sua hipótese, posteriormente descartada, de uma causa parasitária do bócio endêmico.
Com o término da exposição, o busto voltou ao Brasil e integrou o acervo do Museu de Higiene, então situado no Rio de Janeiro, ligado à Diretoria Geral de Saúde Pública. Mais tarde, foi devolvido ao Instituto Oswaldo Cruz (atual Fundação Oswaldo Cruz) e ficou exposto em seu museu, no Castelo Mourisco.
Para saber mais:
BEYER, Henry. The International Hygiene Exhibition at Dresden. Popular Science, Fevereiro de 1912. Disponível em: Popular Science
GUERRA, E. Sales. Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro: Vecchi, 1940.
KROPF, Simone Petraglia. Doença de Chagas, doença do Brasil: ciência, saúde e nação (1909-1962). Tese de Doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2006.
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