O museu, único equipamento cultural da comunidade, foi inaugurado em 2006.
O presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, assinou no dia 20 de outubro de 2014 uma carta que reitera o apoio da instituição à permanência do Museu da Maré, localizado dentro do complexo de favelas da Maré, comunidade do Rio de Janeiro. Ele se encontrava ameaçado por uma ação de despejo, já que o grupo locador do imóvel não quis renovar o contrato, dando um prazo de 90 dias, desde 10 de setembro, para que o prédio seja desocupado.
Inaugurado em 2006, o Museu da Maré é um bem cultural da cidade que deve ser preservado, sendo um elemento importante na construção de um ambiente mais saudável para o território que ocupa. Na carta, Gadelha afirma que “a Fiocruz compreende que, para a promoção da saúde pública, dentro do conceito ampliado de saúde defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e assumido pela instituição, é fundamental, para além do atendimento médico e da prevenção, ter um ambiente de direitos, cidadania e cultura dignos e valorizados”.
Ele ainda acrescenta que o Museu da Maré é uma das experiências mais bem sucedidas na área museológica, incorporando o desenvolvimento da cidade à história da comunidade e sendo o único equipamento cultural com tais características no local. "Explora dimensões da memória e da história pouco difundidas nas narrativas oficiais dos livros didáticos e mesmo nas exposições de museus tradicionais. Portanto, é fundamental para a construção de outras subjetividades em relação às interpretações do passado", pontua Gadelha.
A ideia de criá-lo surgiu de um seminário do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz), que, em parceria com o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), trabalhava com jovens da comunidade em seus espaços de atendimento. Nesse sentido, a origem do Museu da Maré guarda uma profunda relação com a Fiocruz, dentro do espectro de relações que a instituição possui com as comunidades do entorno e suas organizações.
No texto, Gadelha ainda expressa a preocupação da Fundação “para que os poderes executivos federais, estaduais e municipais, especialmente o Ministério da Cultura, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), as Secretarias de Cultura e outros órgãos, se articulem e promovam ações que permitam ao Museu da Maré manter seu funcionamento em sua atual localização”. Essa permanência, segundo ele, também é decisiva no atual contexto das políticas públicas, desenvolvidas no território da comunidade, que buscam reduzir as desigualdades sociais e promover ambientes mais dignos, saudáveis e criativos.
Leia a íntegra do documento aqui.
Publicado em 3 de novembro de 2014
O presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, assinou no dia 20 de outubro de 2014 uma carta que reitera o apoio da instituição à permanência do Museu da Maré, localizado dentro do complexo de favelas da Maré, comunidade do Rio de Janeiro. Ele se encontrava ameaçado por uma ação de despejo, já que o grupo locador do imóvel não quis renovar o contrato, dando um prazo de 90 dias, desde 10 de setembro, para que o prédio seja desocupado.
Inaugurado em 2006, o Museu da Maré é um bem cultural da cidade que deve ser preservado, sendo um elemento importante na construção de um ambiente mais saudável para o território que ocupa. Na carta, Gadelha afirma que “a Fiocruz compreende que, para a promoção da saúde pública, dentro do conceito ampliado de saúde defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e assumido pela instituição, é fundamental, para além do atendimento médico e da prevenção, ter um ambiente de direitos, cidadania e cultura dignos e valorizados”.
Ele ainda acrescenta que o Museu da Maré é uma das experiências mais bem sucedidas na área museológica, incorporando o desenvolvimento da cidade à história da comunidade e sendo o único equipamento cultural com tais características no local. "Explora dimensões da memória e da história pouco difundidas nas narrativas oficiais dos livros didáticos e mesmo nas exposições de museus tradicionais. Portanto, é fundamental para a construção de outras subjetividades em relação às interpretações do passado", pontua Gadelha.
A ideia de criá-lo surgiu de um seminário do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz), que, em parceria com o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), trabalhava com jovens da comunidade em seus espaços de atendimento. Nesse sentido, a origem do Museu da Maré guarda uma profunda relação com a Fiocruz, dentro do espectro de relações que a instituição possui com as comunidades do entorno e suas organizações.
No texto, Gadelha ainda expressa a preocupação da Fundação “para que os poderes executivos federais, estaduais e municipais, especialmente o Ministério da Cultura, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), as Secretarias de Cultura e outros órgãos, se articulem e promovam ações que permitam ao Museu da Maré manter seu funcionamento em sua atual localização”. Essa permanência, segundo ele, também é decisiva no atual contexto das políticas públicas, desenvolvidas no território da comunidade, que buscam reduzir as desigualdades sociais e promover ambientes mais dignos, saudáveis e criativos.
Leia a íntegra do documento aqui.
Publicado em 3 de novembro de 2014