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Leia o informativo do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica, do Museu da Vida!







Informativo do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica/Museu da Vida Ano XIV n. 236 RJ, 31 de janeiro de 2018

Neste informe:

1. Tempos de contradições
2. Os cientistas e os meios de comunicação de massa
3. Uma questão de respeito?
4. Cem anos de história, agora em livro
5. Cientistas cidadãos, o espaço é o limite
6. A beleza dos insetos em exposição
7. Bora botar o bloco da ciência na rua?
8. Formação acadêmica em divulgação científica
9. Prorrogadas inscrições para a Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência
10. Inscrições abertas para o Prêmio Jovem Cientista
11. Bolsas para curso de jornalismo científico na Itália

1. Tempos de contradições – Não é sempre que a Science, uma das mais prestigiadas revistas científicas, publica editorial com reflexões sobre a importância da divulgação científica. Pois a edição de 26/01 da revista traz texto de Rush Holt, em que o diretor-executivo da Associação Americana para o Avanço da Ciência e editor-executivo do grupo de publicações da Science diagnostica uma incompreensão generalizada sobre o que é a ciência e como ela funciona, além de apontar uma série de contradições, a seu ver, preocupantes. Se, por um lado, estamos diante de avanços e descobertas importantes nas áreas de biomedicina, economia e astrofísica – para citar algumas –, por outro, vemos a sociedade americana reagir com apatia às medidas anticientíficas do presidente Trump. Enquanto pesquisas mostram uma persistente e consensual percepção positiva da ciência por parte da sociedade, outras revelam visões bastante divergentes sobre temas específicos relacionados a ela. Diante do quadro, Holt faz um chamado aos cientistas: é preciso mostrar às pessoas que o debate baseado em evidências científicas leva a políticas mais confiáveis para a criação de empregos, a preservação do meio ambiente e a melhoria do ensino. Leia o texto na íntegra, em inglês, em <http://science.sciencemag.org/content/359/6374/371.full>.

2. Os cientistas e os meios de comunicação de massa – Artigo publicado na última edição da Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis) aborda a relação entre cientistas e mídia, a partir de um estudo de caso realizado no Instituto Oswaldo Cruz, uma das unidades da Fundação Oswaldo Cruz, que conta com grande reconhecimento internacional por sua relevante produção científica na área da saúde. As pesquisadoras realizaram uma enquete online, que contou com a participação de 103 cientistas do instituto, de um universo de 487, e 20 entrevistas semiestruturadas com tomadores de decisão. Segundo as autoras, os resultados indicam que existe um processo crescente de divulgação da ciência no âmbito do instituto, com um contato dos cientistas relativamente frequente com a mídia e uma adesão às ações voltadas para o público promovidas pela instituição. As pesquisadoras pontuam, no entanto, que foram identificadas poucas iniciativas individuais de divulgação científica por meio de blogs e redes sociais. O artigo completo pode ser lido no link: https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/1342.

3. Uma questão de respeito? – Muitas teorias foram desenvolvidas com o intuito de entender e descrever como as pessoas processam e pensam sobre as informações que recebem. Pesquisadores da área de ciência comportamental, no entanto, afirmam que, apesar de importantes, todas são incompletas: os mecanismos de raciocínio humano não dependem de um conjunto estreito de processos; nossas atitudes e comportamentos dependem de uma série de fatores, além dos fatos. A divulgação científica requer, portanto, uma abordagem inclusiva, que procure integrar diferentes perspectivas. Mas, na prática, como divulgar ciência ao público de maneira eficaz? Para a pesquisadora e divulgadora Danae Dodge, o caminho é o respeito. Em texto publicado em dezembro de 2017 na plataforma Linkedin, Dodge destaca que cientistas e divulgadores devem primeiro ouvir, respeitar e entender os diferentes pontos de vista do público. Pessoas são complexas e fatores como a emoção, por exemplo, interferem no julgamento sobre questões sociais e científicas. No texto, a pesquisadora oferece sete dicas de como lidar com diferentes visões e estimular o engajamento científico na prática. Vale conferir e experimentar! Acesse o artigo, em inglês, em: <https://www.linkedin.com/pulse/engaging-public-starts-us-respecting-them-danae-dodge/?published=t>.

4. Cem anos de história, agora em livro – Entre maio de 2016 e maio de 2017, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) celebrou 100 anos de atuação na institucionalização, no fortalecimento e na divulgação da ciência brasileira. Ainda como rescaldo das comemorações, saiu do forno em dezembro o livro Ciência no Brasil: 100 anos de ABC (1916-2016), um registro histórico e ricamente ilustrado da academia. Fruto de pesquisa coordenada pelo historiador e acadêmico José Murilo de Carvalho, o livro divide-se em três partes. Na primeira, resgata a trajetória da ABC desde a fundação até as atividades que marcaram o ano do centenário. Na segunda parte, o livro aborda vida e obra de 40 cientistas brasileiros que se destacaram em suas áreas de atuação. Destes, 18 estiveram à frente da ABC, em diferentes cargos e funções. A terceira parte do livro é dedicada a temas científicos de grande relevância social, entre eles educação, recursos hídricos e doenças negligenciadas. Todos foram objetos de estudos estratégicos coordenados pela ABC, em que especialistas se uniram para analisar detalhadamente cada um dos temas, traçar prioridades e apontar desafios a eles relacionados. O livro está disponível, gratuitamente, em: <http://www.abc.org.br/centenario/?Ciencia-no-Brasil-100-anos-da-ABC-29102>. Mais informações pelo e-mail <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>.

5. Cientistas cidadãos, o espaço é o limite – Na busca de exoplanetas, planetas fora do nosso Sistema Solar, o telescópio Kepler da NASA mede o brilho das estrelas que podem potencialmente acolher planetas. Programas de computador, normalmente, marcam as potenciais estrelas e os astrônomos devem investigar cada caso. Com mais de 280 mil estrelas observadas desde 2014, muitos anos seriam necessários para analisar a enorme quantidade de dados obtidos. Com o slogan “Descubra novos planetas orbitando outras estrelas em nossa galáxia”, o projeto Exoplanet Explorers, lançado em abril de 2017, mudou radicalmente esse quadro. A iniciativa, liderada pelos astrônomos Ian Crossfield, da Universidade da Califórnia de Santa Cruz, e Jessie Christiansen, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, é um projeto de ciência cidadã – a qual se baseia na participação de não especialistas na geração e análise de grandes quantidades de dados. Em dois dias, o projeto teve cerca de 7.000 indivíduos inscritos e mais de dois milhões de classificações realizadas. Ainda em 2017, os cidadãos envolvidos na análise dos dados foram responsáveis pela descoberta do K2-138, um sistema compacto formado por cinco planetas orbitando uma estrela. A descoberta, publicada no periódico The Astronomical Journal em janeiro de 2018 (http://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-3881/aa9be0/pdf), foi a primeira realizada por cientistas cidadãos no âmbito do projeto. Para os coordenadores, o Exoplanet Explorers é um exemplo bem sucedido de como a participação pública em pesquisa pode contribuir com o avanço do conhecimento científico. E aí, vamos participar? Para mais informações sobre o projeto, acesse: <https://www.zooniverse.org/projects/ianc2/exoplanet-explorers>.

6. A beleza dos insetos em exposição – Quase toda criança gosta de desenhar. E muito cientista também! Para os pesquisadores que estudam a natureza, o desenho é uma ferramenta valiosa de trabalho. Ele permite representar, com muitos detalhes, animais e plantas, por exemplo. A ilustração científica é tema da nova exposição ‘Insetos ilustrados’, inaugurada no Museu da Vida/COC/Fiocruz no dia 2 de fevereiro, às 11h. O tema escolhido para falar da importância dos desenhos para a ciência foi a entomologia, isto é, o estudo dos insetos. Afinal, a Fiocruz, ao longo de sua história, formou uma enorme coleção de insetos, com mais de 5 milhões de exemplares! A exposição ‘Insetos ilustrados’ mostrará ao público uma parte dessa coleção e obras preciosas de ilustração científica, em um espaço mais do que especial: o castelo da Fiocruz. A mostra contará com áudio-descrição, vídeos e painéis na Língua Brasileira de Sinais e, mediante agendamento no número (21) 2590-6747, visita guiada com intérprete de Libras. Mais informações no site: <www.museudavida.fiocruz.br>.

7. Bora botar o bloco da ciência na rua? – Com o samba-enredo “Mulheres na ciência”, o Museu da Vida/COC/Fiocruz abre alas e pede passagem para dar as boas-vindas à folia! No sábado, 3 de fevereiro, das 10h às 16h, vai rolar no campus da Fiocruz (RJ) o ‘Grito de Carnaval’, um desfile da arte, ciência e cultura popular, com muito brilho, diversão e reflexão. Além das atividades que compõem a programação de fevereiro do museu, haverá atrações carnavalescas para públicos de diferentes idades. Quem curte se fantasiar poderá visitar a ala “Fantasia e Estandarte das mulheres incríveis". Nesse espaço, o visitante será convidado a vestir adereços, compondo seu próprio figurino de cientista, e poderá tirar fotos estilosas para concorrer a prêmios. Já na ala “Imagem misteriosa”, a criançada irá se equipar de pipetas e tintas para criar uma obra artística ao mesmo tempo em que aperfeiçoa suas habilidades de micropipetagem. Outra atração será o “Bate-papo mistureba”, no qual alguns convidados vão dialogar com o público sobre o que fazem, como começaram a se interessar pela área em que atuam e quais são suas paixões. E para deixar tudo mais animado, que tal cair no samba com o grupo de carnaval “Discípulos de Oswaldo"? Curtiu? Confira as informações completas em: <www.museudavida.fiocruz.br>.

8. Formação acadêmica em divulgação científica – O Mestrado Acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) está prestes a selecionar candidatos para compor sua terceira turma. O edital com o calendário e as normas para a seleção foi lançado este mês, as inscrições estarão abertas de 1º de março a 17 de abril e as aulas terão início em agosto. Todos os candidatos precisam ter diploma de nível superior devidamente reconhecido pelo MEC no momento da matrícula. O mestrado tem como objetivo a formação de pesquisadores qualificados para a produção de novos conhecimentos que visam incrementar o diálogo dos campos da saúde, da ciência e da tecnologia com a sociedade e que induzam o desenvolvimento de novas ações e estratégias de divulgação científica. Ele é resultado de uma parceria da COC com Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Museu de Astronomia e Ciências Afins, Fundação Cecierj e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Informações no site http://www.coc.fiocruz.br/index.php/educacao/mestrado-em-divulgacao-da-ciencia-tecnologia-e-saude e pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

9. Prorrogadas inscrições para a Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência – Estão abertas, agora até o dia 16 de fevereiro, as inscrições para o Curso de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência, promovido pelo Museu da Vida/COC/ Fiocruz, em parceria com Museu de Astronomia e Ciências Afins, Fundação Cecierj, Casa da Ciência/UFRJ e Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Desenvolvido por uma equipe multiprofissional, o curso é destinado a museólogos e outros profissionais ligados a museus e centros de ciência, cultura e arte; comunicadores; jornalistas; cientistas; educadores; sociólogos; cenógrafos; produtores culturais; professores de ciências licenciados (nível superior) e demais profissionais que atuam, seja no âmbito prático ou acadêmico, na área da divulgação e popularização da ciência. O curso é gratuito, mas é cobrada uma taxa de R$ 70 de inscrição. As aulas terão início em 19 de março e serão ministradas na Oficina-Escola de Manguinhos às segundas e quartas-feiras, das 9h às 17h. Confira a chamada pública em: <http://www.sigals.fiocruz.br/inscricao/cadastro.do?acao=telaInicial&codCL=17823&codECL=16279&codI=475>.

10. Inscrições abertas para o Prêmio Jovem Cientista – A 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista (PJC), com o tema "Inovações para a conservação da natureza e transformação social", está com inscrições abertas. Podem concorrer estudantes do Ensino Médio, Ensino Superior, mestres e doutores. Há, ainda, outras duas categorias: Mérito Científico, para o pesquisador doutor que, ao longo de sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição, e Mérito Institucional, para instituições dos níveis médio e superior com o maior número de trabalhos qualificados. As inscrições podem ser feitas e os trabalhos enviados até o dia 31 de julho. A partir de fevereiro serão disponibilizadas web aulas no site do PJC, voltadas para o tema deste ano, com o intuito de auxiliar os participantes no decorrer do prêmio. No mesmo site, podem ser consultadas as linhas de pesquisa para a premiação. Acesse: <www.jovemcientista.cnpq.br>.

11. Bolsas para curso de jornalismo científico na Itália – A Erice Escola Internacional de Jornalismo Científico, que acontece de 24 a 29 de junho, oferece 35 bolsas de estudos para jovens jornalistas e comunicadores científicos. O tema desta edição são os desafios e oportunidades da física e as inscrições estão abertas até 25 de março. A escola de jornalismo é organizada pelo Ettore Majorana Centre, com o suporte do Centro Fermi, Instituto Italiano de Física Nuclear e a revista de ciência Le Scienze, versão italiana da Scientific American. O curso é ministrado em inglês e inclui aulas e atividades em laboratório, oferecidas por especialistas internacionais. Mais informações: <http://eissjc.lnf.infn.it>.

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Ciência & Sociedade é o informativo eletrônico do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz). Editores de Ciência & Sociedade: Luisa Massarani, Marina Ramalho e Carla Almeida. Redatores: Luís Amorim, Renata Fontanetto e Rosicler Neves. Projeto gráfico: Luis Cláudio Calvert. Informações, sugestões, comentários, críticas etc. são bem-vindos pelo endereço eletrônico <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Se você não quer mais receber Ciência & Sociedade, envie um e-mail para <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. A coleção completa de Ciência & Sociedade está disponível em <http://www.museudavida.fiocruz.br/cs-l>.


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