A expedição começou pelo planalto Galho do Miguel, formação rochosa com mais de um bilhão de anos.

Antes de iniciar a jornada e após uma longa viagem do Rio de Janeiro a Diamantina, percorrendo 728 km de estradas, a equipe do projeto se reuniu na sede administrativa do parque com Márcio Lucca e Daniel Borges, analistas ambientais do ICMBio, com o objetivo de definir os últimos detalhes da expedição. Na manhã seguinte, seguimos com Márcio Lucca, chefe do parque, até a entrada sul do local. Após percorrermos 70 km, sendo 60 em estradas de terra, chegamos ao vilarejo de Macacos, situado no entorno imediato do parque. Macacos é uma pequena vila que surgiu de uma antiga fazenda de mesmo nome e hoje possui poucos moradores que desfrutam de uma belíssima paisagem. Depois de ultrapassarmos os limites da unidade de conservação, seguimos mais 10 km até chegarmos à base do Parque.

A formação Galho do Miguel ocupa 90% da área do PNSV e é composta por quartzitos (um tipo de rocha) finos e puros, formando um enorme planalto com montanhas a perder de vista, surgidas a mais de um bilhão de anos. Essa estrutura gigante já sofreu muita erosão, mas ainda impressiona. Mais de 50% do parque é composto por formações rochosas, criando paisagens bastante singulares. Como resultado de todo o processo de corrosão da rocha, os quartzitos acabam por se transformar numa areia muita branca, criando um ambiente propício ao desenvolvimento das sempre-vivas.
Imprimir