Desconhecida por muitos, essa doença, no passado, aterrorizou muita gente, porque, entre tantos casos, matou mais de um terço da população da Europa no século 14! A peste bubônica tem esse nome porque provoca “bubões”, isto é, gânglios inchados.

Ela é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida, geralmente, por pulgas infectadas presentes em alguns mamíferos, como os ratos.

Hoje, ela tem tratamento eficaz – feito com antibióticos – e já não é motivo de terror, embora persista em alguns lugares do mundo, como na África e na América do Sul. No Brasil, existem focos na região Nordeste e no estado do Rio de Janeiro.

O diagnóstico é muito importante não só para salvar a vida do paciente, mas também para evitar que outras pessoas adoeçam. Se houver suspeita, as autoridades devem ser avisadas. A prevenção consiste em medidas de saúde pública, como saneamento básico.


Para saber mais:

Saúde de A a Z do Ministério da Saúde

Causada por um vírus da família Poxviridae, a varíola foi uma doença muito grave, que provocava febre alta, vômitos, dores de cabeça e no corpo, e lesões bem feias na pele. Observe: usamos o verbo no passado – “foi” uma doença. Sabe por quê? Porque ela não existe mais! Mas, em tempos remotos, a varíola foi catastrófica, difícil de combater e responsável por muitas mortes. A vacina foi descoberta em 1796 e começou a reverter essa situação! No início do século 20, aqui no Rio de Janeiro, o cientista Oswaldo Cruz decretou obrigatória a vacinação contra a doença. Tudo bem, né? Que nada! Como a população ainda não sabia direito da importância da vacina e o contexto político não era lá muito favorável, muitas pessoas se recusavam a tomar. Essa resistência levou a um episódio conhecido como Revolta da Vacina, em 1904. Depois das polêmicas e reconhecida a proteção da vacina, esta passou a ser aplicada sem problemas. As técnicas de vacinação também evoluíram. No início, eram usadas lancetas; depois, usavam-se pistolas. A campanha mundial de controle da varíola pela vacinação, orientada pela Organização Mundial da Saúde, teve início em 1966. Em 1980, a Assembleia Mundial da Saúde declarou a varíola erradicada do mundo, o que significa que não há mais casos desta doença registrados em lugar nenhum.


Para saber mais:

Luta contra a varíola – Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz

A febre amarela é uma doença causada por um vírus da família Flavivirus. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou eles são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Na forma mais grave da doença, podem ocorrer problemas no fígado e nos rins, olhos e pele amarelados, hemorragias e cansaço intenso. A maioria das pessoas se recupera bem e não pega a doença novamente.

A febre amarela é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), podendo o Aedes albopictus também transmitir os vírus. A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou não tenha tomado a vacina circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre e infectar mosquitos, mas não transmitem a doença para os humanos, assim como uma pessoa não transmite a doença para outra. A transmissão se dá somente pelo mosquito. Os macacos ajudam a identificar as regiões onde estão acontecendo a circulação do vírus. Por isso, perseguir e matar macacos não contribui em nada para a prevenção, além de ser um gesto cruel!

A prevenção da doença deve ser feita evitando a disseminação dos mosquitos. Além disso, devem ser tomadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela, especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença. Outra medida preventiva é o uso de repelente de insetos.


Fonte das informações:

Portal de Bio-Manguinhos / Fiocruz