O projeto é uma iniciativa educativa audiovisual de divulgação científica que tem como objetivo principal dar visibilidade às principais unidades de conservação do país.



Você conhece as sempre-vivas? Elas são plantas da família das eriocauláceas com inflorescências que, mesmo depois de colhidas, destacadas e secas, continuam a apresentar a aparência de estruturas vivas, abrindo e fechando conforme a umidade do ar e a luminosidade. Irado, né? Pois saiba que existe um parque aqui no Brasil com um montão delas: o Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), localizado próximo à cidade histórica de Diamantina, no estado de Minas Gerais.

Em maio, rolou uma super expedição por lá realizada pelo projeto Parques do Brasil, uma iniciativa educativa audiovisual de divulgação científica que tem como objetivo principal dar visibilidade às principais unidades de conservação do país. Desenvolvido pela pesquisadora Luciana Alvarenga, do Serviço de Educação em Ciências e Saúde do Museu da Vida, o projeto é uma parceria entre o Museu, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o produtor de TV e cineasta Carlos Sanches, da TV Brasil.

No Parque, já foram registradas cerca de 60 espécies de sempre-vivas, tornando essa unidade de conservação a área com mais espécies dessa planta no planeta. Mas saiba que mais espécies estão sendo gradativamente descritas a partir de novas pesquisas. Estima-se que existam mais de 100 espécies dessa família na área do parque, sendo que oito são consideradas raras e cinco já estão ameaçadas de extinção!

Preservando um dos trechos mais importantes da Serra do Espinhaço, onde o PNSV está localizado, o parque apresenta peculiaridades ecológicas e guarda memórias de diferentes períodos da pré-história e de épocas mais recentes, incluindo registros de naturalistas como Auguste Saint-Hilaire, Carl Von Martius, Johann Baptiste Von Spix, entre outros nomes. A equipe da expedição fez um relato do dia a dia da viagem, com cada foto iradíssima! Para conhecer a expedição, acompanhe os textos abaixo. Spoiler: o visual é realmente deslumbrante, você vai se apaixonar!

Primeiro dia de expedição: conferindo os últimos detalhes!
Após uma longa viagem do Rio de Janeiro a Diamantina, a equipe se prepara para conhecer o Parque. Mais de 50% do PNSV é composto por formações rochosas, criando paisagens únicas. Como resultado do processo de corrosão de uma rocha encontrada no local, o quartzito, uma areia muito branca se forma e acaba virando um ambiente propício para o desenvolvimento das sempre-vivas.

Segundo dia: pinturas rupestres à vista
Numa rocha brilhante, a equipe encontra desenhos milenares de animais e figuras abstratas. Veados, gatos selvagens, antas, pacas e outras espécies dão pistas sobre a vida pré-histórica que aconteceu ali há milhares de anos.

Terceiro dia: desbravando a cachoeira do Rio Preto
O PNSV é um divisor de águas de duas importantes bacias hidrográficas, a bacia do Rio São Francisco e a bacia do Jequitinhonha. Dos planaltos do parque nascem mais de 600 nascentes, formando córregos, rios, cavando cânions e presenteando os visitantes com várias cachoeiras.

Quarto dia: fauna e flora do Parque Nacional
No parque, é possível avistar 195 espécies de aves e várias espécies de serpentes e anfíbios, alguns endêmicos da região, além de animais como a onça pintada, jaguatirica, lobo guará e outros. Conheça quais!

Quinto dia: é chegada a hora de partir!
Depois de mais um dia de expedição, nuvens escuras surgem no horizonte, trovoadas longínquas são ouvidas. No início da tarde, uma chuva inesperada e bem-vinda surge e marca a despedida da equipe.


Publicado em 10 de junho de 2016
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