O ciclo de debates “A Química em pauta” fez parte do projeto Jornalismo e Ciência na Amazônia.


O ar que respiramos, a água que bebemos e até nossos pensamentos são provenientes de complexas reações químicas. A Química está presente também em diversas discussões atuais, ligadas a áreas como saúde, meio ambiente e novas tecnologias. No entanto, apesar de sua presença constante nas nossas vidas, esse ainda é um tema de difícil entendimento para muitas pessoas.

O Museu da Vida, por meio do Programa de Educação e Divulgação Científica (PEDC) do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD) – Fiocruz Amazônia, juntamente à Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, promoveu dia 22 de maio de 2012 o ciclo de debates “A Química em pauta”. O evento gratuito, realizado das 9h às 17h no auditório do ILMD, em Manaus, fez parte das comemorações do Ano Internacional da Química e do aniversário da Fiocruz, além de ser o primeiro passo do projeto Jornalismo e Ciência na Amazônia. Clique aqui para ver o cartaz virtual com a programação do encontro.

O ciclo de debates teve a participação de Luisa Massarani (chefe do Museu da Vida), Júlio Cesar Schweickardt (Fiocruz Amazônia), Claudia Rezende (SBQ), Valdir Florêncio da Veiga Junior, Cecília Verônica Nunes (ambos da Ufam) e Sergio Brandão (VerCiência – Mostra Internacional de Ciência na TV).

Para a jornalista Luisa Massarani, que há 25 anos cobre temas sobre ciência e tecnologia, esse debate foi de extrema importância para o surgimento de novas pautas de ciência, como declarou anteriormente à ocasião. “Em geral, a gente pensa na Química como algo distante de nossa realidade e uma matéria difícil que todo adolescente precisa enfrentar; este evento visa mostrar que a química tem tudo a ver com o nosso cotidiano e rende matérias instigantes para os jornalistas", ressaltou.

Já Júlio Cesar Schweickardt, vice-diretor de Ensino, Comunicação e Informação do ILMD, disse que a instituição está empenhada em ampliar o debate sobre divulgação científica no Amazonas. “Além dos trabalhos que já realizávamos em difusão da ciência, a implantação da Especialização em Divulgação e Jornalismo Científico em Saúde, em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), foi fundamental e o PEDC é fruto dessas ações”.

O coordenador do PEDC, Fabrício Ângelo, declarou que os debates serviram para ampliar o conhecimento dos jornalistas sobre temáticas que não fazem parte do dia a dia de uma redação. “Às vezes, a informação sobre as ciências exatas ou biológicas pode render uma boa pauta, mas passa despercebida pelos editores que a consideram difícil de ser trabalhada por quem não é da área”, disse. Ainda de acordo com o profissional, o projeto pretende aproximar o comunicador dos pesquisadores, acabando assim com a tensão existente em alguns momentos dessa relação.

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